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1 Coríntios 8 = Liberdade Limitada Pelo Amor


Texto: 1 Coríntios 8
Tema: Liberdade Limitada Pelo Amor.
Rev. Helio O. Silva, Rubiataba-GO, 10/11/1995.
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Introdução:
Quem é forte e quem é fraco na fé. Um dilema constante na Igreja.
Quando sou forte?
Para um grupo: Sou forte quando eu sei das coisas, e usufruo livremente delas.
Para Paulo: Sou forte quando sei abrir mão daquilo que não me diminui nem me faz crescer por amor dos outros irmãos.
Quando sou fraco?
Para outro grupo: Quando me abstenho de praticar certas coisas por causa do medo de cair.
Para Paulo: Concorda; é fraco, mas deve ser respeitado por quem se acha ou é mais forte.
         Ambas as atitudes se tornam pecado quando falta amor na Igreja. Porque o amor edifica.
         I Co 6.12, e também 1 Co 10.23 ensinam três perguntas básicas para regular a nossa liberdade cristã:
É conveniente? (vantajoso, decente);
Está sob meu domínio?
Edifica?

Proposição:

O amor é o limite da liberdade. Observe esse ensino de três formas no texto.

I ) O SABER ENSOBERBECE, MAS O AMOR EDIFICA    V. 1 - 3:

a)    Somos senhores do saber.
O conhecimento pode ser controlado de forma seletiva.

b)    O saber ensoberbece (enche).
 Pode levar à arrogância e à insensibilidade para com os outros.

c)    É preciso saber como convém saber.
 Nem todo saber é conveniente, ou produz benção para a vida da Igreja.

d)    O amor edifica
Leva ao crescimento de intimidade com Deus e à preocupação e interesse pelos outros.

e)    Quem ama a Deus é conhecido por Ele.
    Entrou num relacionamento mais intimo com Ele por meio de Cristo. O amor é o limite da atuação do nosso conhecimento.

II ) VIVEMOS PARA A GLÓRIA DE DEUS E NÃO DOS ÍDOLOS. V. 4 - 6:

a)    O ídolo é uma nulidade.
 “Nada é no mundo”. Alguns os chamam de deuses, mas isso não muda sua verdadeira condição.

b)    Há um só Deus.
A visão cristã se opõe à visão do mundo (“para nós”).
Ø Dele é tudo = Origem.
Ø Para Ele é tudo = Finalidade.
Ø Por meio Dele é tudo = Sustentação.
         Toda a minha liberdade é sustentada nesse tripé.

III ) A MINHA LIBERDADE NÃO PODE FAZER TROPEÇAR O OUTRO.   V. 7 - 10:

a) Alguns ainda estão presos a idéias pagãs (v.7).
         São crentes novos na fé  ou que não amadureceram suficientemente, e por isso sua consciência pode contaminar-se.

b)    Nada se perde em não comer; nada se ganha em comer (v.8).

c)    A liberdade não me dá direito a fazer o outro tropeçar(v.9).
Causar escândalo, ofender.

d)    A prática de “tal” liberdade pode  induzir (fortalecer para; edificar o desejo) o outro a pecar.
    Nesse caso o meu conhecimento se tornou em armadilha para o outro para afastá-lo da fé pura.

Aplicações v. 11 - 13:

         1ª) O meu saber pode ser empecilho à fé dos outros (v.11).
         “Perecer” = Levar ao pecado; arruinar a fé.

         2ª) Golpear a consciência fraca é pecar contra Cristo (v.12).
         “Golpear” = Bater com murros.

         3ª) A abstinência é melhor do que o escândalo (Fazer cair, colocar tropeço).
“Nunca mais” = enfático: uma decisão definitiva.
         Existem dois grupos na Igreja que erram quanto à sua liberdade em Cristo:
1º) Os que são propensos a escândalos.
É preciso convencer-lhes de que o erro se combate com o ensino correto dado de antemão, e não pela abstinência por causa do medo da ofensa. É preciso lembrá-los de que às vezes a própria verdade ofende a quem não quer obedecer.

2º)  Os que amam mais a liberdade que aos irmãos.
Acham que podem praticar sua liberdade sem qualquer explicação e incentivam aos outros a fazerem o mesmo para acobertar sua prática leviana. Isso é hipocrisia, pois induz o mais fraco na fé ao pecado. Calvino os chama de “impudentes” (pessoas sem vergonha).

Quando, porém, limitamos nossa liberdade pelo amor, encontramos o caminho do verdadeiro crescimento espiritual.

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