® Atos 8: Perseguição e Integridade.
Lucas traçou um
plano bem definido para organizar o seu relato da história inicial da igreja
para seu amigo Teófilo (1.1). Ele subdividiu a narrativa em três partes bem
distintas: O evangelho em Jerusalém (1-7); O evangelho na Judeia e Samaria (8-12)
e o evangelho até aos confins da terra (13-28). Os versos um a quatro são uma conclusão
necessária da primeira parte e uma transição adequada para a segunda seção de
Atos (8.4-12.25). Também introduz uma personagem muito importante na história
da igreja: Saulo. Saulo inicia a sua jornada como um insolente perseguidor da
igreja (1 Tm 1.13), mas a terminará como uma de suas mais fiéis testemunhas.
A perseguição em
Jerusalém propiciou a evangelização do resto da Judeia e de Samaria. A igreja sempre
enfrenta dois inimigos persistentes: Perseguição e a fé hipócrita, movida por
interesses, como a de Simão, o mágico. A perseguição é um inimigo externo, mas
a hipocrisia é sempre um inimigo interno, a perseguição prova nosso valor, mas
a hipocrisia, prova a nossa integridade.
O valor da fé é
fortalecido na perseverança e na paciência com que enfrentamos o sofrimento.
Atravessar provações firmes na fé aumenta nossa maturidade e esperança (Rm
5.3,4). A integridade expõe transparentemente a força vibrante da fé
verdadeira. Sem integridade nosso testemunho não tem nem força e nem valor!
A integridade é
espelhada no ministério cristocêntrico de Filipe. Ele é ousado, atuante, sem
ser ativista; e fiel à palavra sempre. Na evangelização do Eunuco etíope,
Filipe começa por Isaías e apresenta o evangelho de Cristo com segurança e
precisão. Mas o contexto também mostra que o único foco de seu ministério é
anunciar a Cristo.
Chama a atenção,
mais uma vez, o ministério evangelístico de um diácono. Embora o ofício
diaconal não tenha como exigência o ensinar, o testemunhar e o evangelizar não
lhe são subtraídos. A diaconia não é apenas serviço social misericordioso, é
também proeminentemente evangelístico!
Na história e na
vida da igreja, todos são missionários e por isso todos devem evangelizar. A
evangelização tem dois fatores básicos, a proclamação da palavra e o
testemunho. Testemunhar é falar o que Cristo fez por nós e como nos conquistou
pessoalmente para o Evangelho. Proclamar é ensinar e explicar a Palavra para
que entendam o evangelho que salva. Testemunho e proclamação andam juntos.
Experiência real com Deus associada ao conhecimento e estudo da palavra estão
unidos na evangelização, no anúncio da boa nova de salvação para todo aquele
que crê (Jo 3.16) e que recebeu a Cristo como Senhor de sua vida (Jo 1.12).
Com amor, Pr.
Hélio.