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Igreja
Presbiteriana Jardim Goiás – Classe de Casais – 1º Semestre-2017
Rev.
Hélio O. Silva e Sem. Marcos Rosa Oliveira.
Aula 3 = Nas Mãos do redentor.
Instrumentos Nas Mãos do Redentor – Paul David Tripp, Nutra, p.39-63 = 19/02/2017.
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Texto para leitura: 1 Coríntios 1.26-29.
Deus se importa com você e lhe deu a oportunidade de
ser um instrumento nas suas mãos. Deus nunca se engana com um endereço.
Deus não quer que nos livremos de uma situação de
crise ou pressão por acharmos que não somos capazes de servir apropriadamente.
Muitas vezes simplesmente a solução de um problema para os outros e lavamos
nossas mãos como se tivéssemos feito tudo o que era possível fazer.
Quando nos envolvemos com os outros, logo aprendemos
que Deus também nos muda no processo. Servir aos outros é sair do nosso
conforto. O que nos atrapalha a servir nem sempre é falta de compaixão pelas
pessoas, mas a falta de coragem.
Por que não servimos?
a.
Indiferença e falta de compaixão.
b.
Desconhecimento da melhor forma de fazê-lo.
c.
Presunção de não ser capacitado para isso.
d.
Falta de coragem em se comprometer.
O fato é que confundimos canos com
ferramentas. Para que serve um cano? Para que serve uma ferramenta?
Deus chamou o seu povo inteiro para ser
instrumento de transformação em suas mãos redentoras. Ele não chamou somente
alguns.
Qual
o princípio das escrituras?
“Deus usa pessoas comuns para fazer
coisas extraordinárias na vida de outras pessoas” (p.40). Qual o texto bíblico que melhor nos apresenta esse
princípio? 1 Coríntios 1.26-29.
Vejam alguns exemplos: Moisés (um exilado assassino);
Gideão (medroso escondido); Débora (dona de casa); Jael (mulher comum); Davi
(pastor de ovelhas); Jeremias (jovem inexperiente); Amós (boiadeiro); Pedro
(pescador); Paulo (perseguidor do evangelho).
Deus não nos chamou apenas para ser nosso redentor,
mas também para sermos seus instrumentos de benção na vida uns dos outros.
Deus tem muitas ferramentas na sua caixa
de ferramentas.
O que você pensa quando se fala em
crescimento pessoal? Encaminhar os problemas para os presbíteros e pastores?
(encaminhar para os profissionais; pagar pra fazer). Afinal, para que pagamos o
salário de um pastor?
Enxergamos Deus carregando uma caixa de
ferramentas muito pequena. Achamos que ministério é coisa para profissionais
pagos. Para quem está fora dessa classificação servir é fazer uma oração,
preparar uma refeição ou ajudar com uma contribuição financeira. Nosso chamado
é para fazer mais que apenas isso!
Deus
transforma a vida das pessoas à medida que pessoas levam a sua Palavra a
outros.
Vejamos a dinâmica de Efésios 4.11-16.
® A igreja funciona como um corpo.
® A liderança não carrega o corpo, mas prepara os outros
para fazerem juntos.
® “o corpo efetua o seu próprio aumento”. “Justa
cooperação de cada parte”.
® No modelo bíblico de ministério o informal e pessoal
ocorre mais que o formal.
® Deus usa pessoas para alcançar e transformar pessoas.
Não coisas.
Adeus organizou a vida da igreja de forma inteligente
e intencional.
A palavra de Deus é o principal meio de
transformação das nossas vidas.
A pregação do evangelho não é só para o
púlpito da igreja. Precisa transparecer em todo tipo de serviço cristão, desde
o aconselhamento até nossas conversas mais corriqueiras. Se a pregação tem de
ser bíblica, o aconselhamento cristão também tem de ser bíblico. Nossa
conversação não pode ser torpe (Ef 4.29), mas deve procurar transmitir a graça
aos que ouvem.
O
que o serviço pessoal cristão precisa desenvolver?
a.
Um coração compassivo.
b.
A disposição de ouvir.
c.
O compromisso de ajudar a carregar o fardo.
d.
As verdades da Escritura que transformam os corações aplicadas às situações
e relacionamentos.
Responda à pergunta: Qual a qualidade
de meus conselhos nos momentos informais em que sirvo às pessoas? (Cl 3.16).
E
se alguém te perguntar o que fazer quando:
® Sua melhor amiga encontrou uma revista pornográfica
nas coisas do filho (ou do esposo).
® O colega do futebol disse estar considerando
separar-se da esposa.
® Um colega se insinua sexualmente para as demais
colegas do serviço.
® O amigo de seu filho não quer mais frequentar a
igreja.
® O namorado de uma sobrinha insiste que frequentem
motéis antes do casamento.
Não importa o que você vai responder, desde o momento
em que te pediram uma opinião, a conversa se transformou em aconselhamento e
ministério pessoal cristão.
O que você responderia se alguém lhe pedisse para dar
uma aula de EBD, pregar um sermão ou dar um estudo bíblico num grupo familiar?
_____________. Por que a sua resposta seria essa?
Qual a diferença entre as duas situações a não ser o
aspecto formal? O primeiro não terei tempo para me preparar, o segundo sim. A
principais ações de mudança feitas por Deus acontecem nos nossos
relacionamentos e envolviments informais. Se a Palavra não habitar ricamente o
nosso coração seremos péssimos servos na informalidade de nossas vdas!
A palavra de Deus é como chuva que rega a terra (Is
55.10-13). A chuva tem a capacidade de mudar radicalmente a terra que ela rega!
Por que Deus faz assim conosco?
1º) Somos de fato os filhos da promessa.
2º) As mudanças apontam para a sua glória.
Perdidos encontram o caminho. Desprezados e solitários
passam a viver em comunidade. Relacionamentos quebrados são restaurados.
Confusos são esclarecidos e passam a pensar com clareza. Quem lutava pelo ou
era explorado pelo poder, vive na dependência de Deus.
Como podemos levar os poder das
Escrituras para a vida das Pessoas?
O
que a Biblia é?
a.
Uma enciclopédia do socorro divino.
b.
Um excelente livro de teologia sistemática.
c.
Um livro que satisfaz nossos anseios por felicidade.
d.
Ela é palavra de Deus que nos penetra e nos transforma a partir de nossas
raízes.
A Bíblia não trata diretamente de
inúmeros assuntos que movem as pessoas do século XXI (esquizofrenia, TDAH,
adolescência, como assistir televisão, posições sexuais para casais casados).
Para muitas pessoas modernas, como seria bom se a Bíblia fosse uma enciclopédia
organizada por tópicos!
Na verdade as Escrituras têm muita
coisa a dizer sobre esses assuntos, mas não o faz da forma como desejaríamos.
Nas escrituras os temas e assuntos estão organicamente ligados nas suas
diversas formas literárias (narrativas, parábolas, profecias, poesia etc). o
caso é que muitas vezes nós não usamos a Bíblia biblicamente.
Ser bíblico não é apenas citar vários textos de suas
páginas para justificar nossos pensamentos e afirmações. Um exemplo disso é
como interpretamos as narrativas bíblicas colocando o foco na ação humana e não
na ação de Deus. Nas narrativas bíblicas o herói que resolve o problema é
sempre Deus, não Abraão, nem Moisés, nem Davi. É sempre Deus!
Outro problema é nossa mania por tirar lições e criar
modos de fazer para se alcançar vitória ou sucesso. Mas se olharmos as
histórias bíblicas como narrativas redentoras, podemos aplicá-las mais
eficazmente sem torcer a verdade da revelação divina.
Por exemplo: A história do êxodo tem muito a dizer
sobre casais em conflito no casamento. Mostra quem eles são e porque brigam e
onde encontrar esperança. Os temas que permeiam a história do êxodo estão
presentes em todos os textos bíblicos que tratam do casamento e seus conflitos,
porque essas passagens aplicam a história da redenção à vida do casal. A Bíblia
não é um livro de autoajuda, que podemos usar para alcançar nossos desejos e
alvos pessoais, esquecidos de que é exatamente a escravidão do pecado que
sabota todos os nossos relacionamentos em todos os seus níveis. Cristo nasceu,
viveu e morreu por nós para que não vivamos mais para nós mesmos (2 Co
5.14,15).
Cristo nos trouxe aqui para descobrirmos que estamos
todos nasmãos do redentor.
Aplicações:
Como podemos nos tornar instrumentos nas mãos do redentor?
1. Consciência da soberania divina em
tudo.
A soberania de Deus nos dá estabilidade
e consolo no enfrentamento de todos os obstáculos e provações.
A soberania de Deus não diz respeito
apenas ao poder e à posição governante de Deus, mas também à execução de seu
plano redentivo.Nada foge ao controle de Deus, tudo coopera para o nosso bem
porque Deus está no controle de tudo! (Rm 8.28). Isso é algo que precisamos
saber e nisso descansar.
Muitos casais estão em pé de guerra por
causa do desejo de controlar o outro. Mas quando sabemos que não controlamos
nada nem ninguém, que Deus controla tudo, podemos apaziguar o coração e mudar
nossa postura e conduta no casamento.
2. Consciência da realidade prática da
graça de Deus.
Vivemos num mundo onde a graça existe
para ser encontrada. Deus é soberanamente gracioso para conosco. A graça é
tanto o meio da redenção quanto do fortalecimento espiritual e da capacitação
para servirmos aos outros. A graça é sempre mais poderosa quando somos e
estamos mais fracos (2 Co 12).
Vivemos num mundo onde as pessoas só
querem saber de seus direitos e do que desejam ter e ganhar. Quem foi alvo da
graça, agora precisa aprender a dispensar a graça assim como a recebeu (Ef 4.29
= transmita a graça). Sem a presença da graça não haverá mudança. É a graça
abundante que nos transforma e nos faz úteis para Deus nos usar na
transformação de outros.
Ser gracioso é não querer ser o centro das atenções o tempo
todo. É ajudar a fazer festa para os outros.
3. Fomos feitos para a glória de Deus.
Fomos feitos para a sua glória e chamados
para revelar a sua glória aos outros. O pecado faz de nós ladrões da glória de Deus.
Estamos sempre conspirando para fazer com a glória seja nossa e tudo seja para nós.
Quando buscamos apenas a nossa glória pessoal (traduzido na linguagem moderna por
– realização pessoal, sucesso, não desistir de seus sonhos etc) acabamos nos tornando
competidores e perdemos de vista a união em torno do Deus criador!
Uma vida que vale a pena ser vivida é viver
para a glória de Deus. Para sermos instrumentos nas mãos do redentor, precisamos
nos submeter à sua glória, confiarmos na sua graça e descansarmos na sua soberania.