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Igreja
Presbiteriana Jardim Goiás – Classe de Casais – 1º Semestre-2017
Rev.
Hélio O. Silva e Sem. Marcos Rosa Oliveira.
Aula 2 = A Melhor Notícia: Uma Razão
para se levantar de manhã.
Instrumentos Nas Mãos do Redentor – Paul David Tripp, Nutra, p.17-37 = 05/02/2017.
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Introdução: Apresentação do curso.
Servir ou ministrar? Eis a questão.
Nossa ênfase nesse semestre: Cada relacionamento
pessoal é uma oportunidade para servir e ministrar. Queremos aprender que Deus
nos transforma e santifica enquanto nos usa na transformação de outros (1 Co
3.6-9). Primeiro somos lavoura de Deus; depois nos tornamos trabalhadores na
lavoura. Como se dá essa mudança? Primeiro recebemos cuidado, depois passamos a
ajudar no cuidado de outros!
A dinâmica da vida cristã é que pessoas que precisam
de transformação ministram (servem) a pessoas que precisam ser transformadas.
Esse entendimento nos faz saber que servir e ministrar
são mais que uma função designada oficialmente na igreja e que ao percebermos
isso, teremos muito mais oportunidades de sermos úteis e eficazes na igreja do
que damos conta de fazer.
Servir é algo maravilhoso e sério ao mesmo tempo.
Efésios 4.15,16 afirma que é pelo serviço de cada
parte, que o corpo efetua seu próprio crescimento. Deus nos chama para sermos
seu povo e para sermos seus servos. Devemos deixar de ser apenas consumidores
da fé para nos tornarmos participantes comprometidos.
Ser membro de uma igreja é mais que participar de
eventos e estar ligado a uma organização, é um chamado que modela toda a nossa
vida! (p.14).
Nosso tempo impõe o conceito de “pagar para fazer”.
Todavia a Bíblia ensina diferente: Nós somos o corpo, nós fazemos o nosso
próprio aumento servindo uns aos outros.
Nosso foco é triplo:
1. O que preciso saber?
2. Como se aplica a mim?
3. Como posso usar no meu ministério pessoal de servir
outros? (como um cristão que é ao mesmo tempo marido, pai e irmão na fé).
1. A Melhor notícia é o evangelho.
Qual a melhor notícia? O que me faz
levantar de manhã? O Evangelho é a unia coisa pela qual vale a pena viver (1 Tm
1.11b-17).
Por que razão? Por causa da criação e do plano eterno
de Deus para nós.
No início havia perfeita harmonia entre o criador, o
homem e o restante da criação. Havia entendimento, comunicação e amor. Havia
equilíbrio e satisfação em obedecer aos mandatos divinos da criação:
® Mandato cultural = ser fecundos, multiplicar-se e
dominar a terra.
® Mandato social = constituir família e cuidar dela.
® Mandato espiritual = comunhão e obediência para com
Deus.
A estrutura do plano divino envolve: Criação, queda,
redenção e consumação.
O pecado trouxe a queda e quebrou a harmonia na
criação em relação ao seu criador. O egoísmo pecaminoso faz com que as pessoas
queiram ser servidas, mas odeiam servir. Querem controlar e serem autossuficientes;
em vez de amar as pessoas e usar as coisas para servi-las, amam as coisas e
usam as pessoas para alcançá-las. Agora as pessoas abusam umas das outras,
física, social e sexualmente.
O homem corrompeu-se pelo pecado, degradou-se no
pecado e tornou-se seu escravo (Rm
6.23).
Para esse homem perdido Deus enviou Cristo, a boa nova
do Evangelho. A pregação de Cristo mostra que é assim (Mc 1.15): “Ora, depois que João foi entregue, veio Jesus para a Galiléia pregando o
evangelho de Deus, e dizendo: O tempo está cumprido, e é chegado o reino de
Deus. Arrependei-vos, e crede no evangelho.”
O Evangelho de Cristo fala de uma Deus que não se
esquece de nós e que se interessa por nós! Na redenção, Cristo coloca o reino
de Deus dentro de nós (Lc 17.20,21). Nossas principais batalhas são travadas
dentro do coração.
Na consumação, esse reino será totalmente visível (Ap
19.6-9).
“Também ouvi uma voz como a de grande
multidão, como a voz de muitas águas, e como a voz de fortes trovões, que
dizia: Aleluia! porque já reina o Senhor nosso Deus, o Todo-Poderoso.
Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe a glória; porque são chegadas as bodas
do Cordeiro, e já a sua noiva se preparou, e foi-lhe permitido vestir-se
de linho fino, resplandecente e puro; pois o linho fino são as obras justas dos
santos.”
O que é que vamos celebrar no céu?
_ Eu consegui aquele emprego! Meu casamento é
fantástico! Tenho muitos amigos! Venci a depressão e dominei os meus medos! Não, cantaremos duas coisas fundamentais:
a) A vitória do cordeiro (Cristo).
b) As bodas do cordeiro. A união eterna da igreja com
seu Salvador, sem rugas, nem marcas e nem pecados! Mas gloriosa e santa para
ele.
Então, pelo que vale a pena viver? CRISTO!
O Evangelho está associado a um chamado ao
arrependimento. Arrependimento é uma mudança radical da direção para a qual
dedicamos nossos corações. A mudança por meio do arrependimento é possível
porque o Rei já veio! Ele veio para restaurar todas as coisas ao seu propósito
original: Existir e viver para a glória de Deus (Ef 1.6,12,14).
Como pais cristãos, precisamos olhar para nossos
filhos e perceber Cristo procurando seus corações para serem seus, orar por
isso, e nos colocarmos à disposição do Senhor para sermos parte do canal pelo
qual ele fará isso!
2. A razão porque há esperança está numa
pessoa: Cristo.
A mudança que transformará os corações
das pessoas não virá do entulho das ideias humanas, mas diretamente de Cristo
(Jo 14.6; At 4.12; 1 Tm 2.5). “No seu poder encontramos esperança e a ajuda que
necessitamos para derrotar os inimigos mais poderosos” (p.26). O único meio de
mudança permanente é a graça do Redentor. O mundo oferece sistemas, regras ou
passos num processo de mudança que nunca termina e nunca chega no lugar certo.
Nós devemos levar as pessoas ao Deus-homem Jesus Cristo. Ele é o caminho, a
verdade e a vida! (Jo 11.25 e 14.6).
Isso é importante porque se vamos ajudar a alguém
precisamos saber o que está errado e o que é necessário para que mudem. Ao
rejeitar a visão bíblica sobre o ser humano (criado – não evoluído; pecador – não
neutro; dependente de Deus – não autossuficiente), o mundo elimina qualquer
esperança de responder precisamente a pergunta “o que está errado?”
Nosso problema básico é o pecado. Na Bíblia o pecado é
uma condição que resulta em comportamento. Somos pecadores por
natureza e por isso praticamos atos pecaminosos (Rm 3.23). Por isso o pecado
marca tudo que nós pensamos, dizemos e fazemos.
Porque somos pecadores o problema não é só a
experiência, mas também como lidamos com ela. O pecado distorce nossa visão das
coisas; distorce nosso entendimento e distorce nossas ações para resolver
nossos problemas e na ajuda que prestamos aos outros na resolução dos deles.
Lembre-se que pecadores tendem a agir pecaminosamente
quando são vítimas dos pecados dos outros. O pecado se faz presente às nossas
reações aos pecados de outros, está presente nas nossas reações ao sofrimento; mas
também se apresenta quanto às nossas próprias reações às bênçãos de Deus (o
inteligente zomba do burro; o melhor atleta zomba do que não é tão bom quanto
ele; o mais rico menospreza o mais pobre; o branco se acha melhor que o negro).
A filosofia de vida que nos afasta de Deus, as vãs
sutilezas e as tradições dos homens podem nos afastar de Cristo (Cl 2.8).
3. O que o pecado nos faz?
O pecado é a nossa grande doença. Ele
complica o que já é complicado. Por causa de nossos pecados a vida sob a queda
fica pior ainda. Nossos problemas mais profundos não experimentais, nem
biológicos, nem de relacionamento. Ele é moral, é o pecado.
® Distorce nossa identidade.
® Altera nossa perspectiva.
® Sabota nosso comportamento.
® Sequestra nossa esperança.
Moisés escreve em Gênesis 6.5 que a maldade do homem é
um mal contínuo.
Ilustração:
O bêbê que quer mexer tomada. Você explica porque é perigoso, mas alguns dias
depois ele vai lá e tenta mexer tomada. Se você não impedir ele vai tomar
xoque! Por que fazem assim?
a) O pecado
é rebeldia. A rebeldia é a tendência
inata de ceder às mentiras da independência, autossuficiência e egoísmo. Essa
atitude afeta a forma como encaramos as dificuldades e até mesmo as bênçãos de
Deus para nós, porque nos a pensar em nós mesmos acima de tudo, em primeiro
lugar. Queremos controlar, mas odiamos ser controlados (para nós estar debaixo
do controle de outrem é manipulação, mas não pensamos assim quando tentamos
controlar os outros).
b) O pecado
é insensatez. Ela acredita que
nenhuma teoria, prática, perspectiva, discernimento ou “verdade” é mais
confiável que a nossa própria. A insensatez é a rejeição de nossa verdadeira
natureza, que é pecaminosa.
c) O pecado
é incapacidade de fazermos o que Deus nos ordenou. Rejeitamos a vontade de Deus porque insensatamente
achamos que a nossa forma de fazer é a melhor para nós mesmos. Mas o pior é que
mesmo quando temos a intenção certa, não alcançamos o padrão santo de Deus (Rm
7.19,21-23). Nossa natureza pecaminosa nos impede de fazermos o que é certo sem
a ajuda de Deus.
Somos, por natureza, dependentes de
Deus; e caídos no pecado, além de dependentes, somos carentes (necessitados) do
favor de Deus.
Aplicações:
1.
Você já recebeu e se apropriou da boa notícia como sendo para você, como sendo
sua?
É
assim como nos tornamos cristãos.
2.
Você tem o Filho de Deus? Quem tem o Filho tem a vida (Jo 3.36; 1 Jo 5.10,12).
3.
Como você lida com os seus pecados pessoais? Isso é importante discernir, pois
certamente você lidará com os pecados de outros na sua experiência cristã
(pais, filhos, amigos, irmãos).
4.
Finalmente. O que te motiva a levantar-se de manhã? A graça de Deus recebida, a
boa nova do Evangelho, ou todos os seus compromissos seculares (trabalho,
dívidas, família, status).