Primeira Igreja
Presbiteriana de Goiânia-GO
08 = 2 Coríntios 5.1-10
= A Casa Terrena E A Casa Celestial 23/09/2014.
Grupo de Estudo do Centro – Agosto a
Dezembro/2014
Liderança:
Pr. Hélio O. Silva e Sem. Adair B. Machado.
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Comentários Expositivos Hagnos – 2
Coríntios – Hernandes Dias Lopes, Hagnos, p.113-128.
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Introdução:
Como devemos nos comportar diante da morte? Ela não é
o fim da linha, mas o raiar de uma gloriosa eternidade. Aqui Paulo fala da
morte e da ressurreição usando figuras complexas e cheias de significado para a
nossa fé e esperança. Paulo trata desse assunto por meio de sete verdades que
precisamos conhecer e seguir.
1. Uma certeza inequívoca: Temos uma
casa eterna nos céus (v.1).
Paulo usa figuras da moradia para referir-se ao nosso
corpo presente e o corpo da ressurreição. Seu tema é a morte e a ressurreição. “Tenda”
e “tabernáculo” se referem ao nosso corpo na condição atual, antes da
ressurreição. É como uma casa precária, temporária, transitória, que se
enfraquece, adoece e morre. Essa casa é contrastada com a celestial, que é
permanente e eterna. Nosso corpo agora é frágil, mas o corpo da ressurreição
será glorioso. Uma tenda é uma habitação provisória, mas a casa é uma habitação
definitiva.
Quando morrermos, mudaremos do provisório para o
permanente. Nosso corpo é corruptível, mortal e decadente, mas o corpo da
ressurreição será incorruptível, imortal e glorioso (1Co 15.53,54).
Embora se refira ao nosso corpo na condição atual como
frágil e decadente, não compartilha do conceito advindo da filosofia grega de
que a matéria é má e que o corpo é como uma prisão da alma. A morte não é a
libertação da alma da prisão do corpo, mas a remissão de ambos, corpo e alma;
bem como da mudança de um corpo de fraqueza para um corpo de poder; do terreno
para o celestial; do temporário para o permanente; do mortal para o imortal; do
corruptível para o incorruptível. Isso não é um desejo especulativo, mas uma
certeza inequívoca, pois se trata de algo que os cristãos “sabem” (v.1 = 1Co
15; 1Ts 4.13-18).
Não cremos que a morte determina o fim da existência
humana; nem que a alma fica vagando em busca da luz; não cremos que a alma se
reencarna posteriormente em outro corpo; nem que ela vai para o purgatório
expiar seus pecados; não cremos que ela fica dormindo no túmulo junto com o
corpo em decomposição e nem na aniquilação da alma por Deus. Cremos que na
ressurreição corpo e alma são reunidos novamente e que o corpo é glorificado
para se tornar apropriado para a vida na eternidade. Há uma mudança de endereço
(2Tm 4.6-8), onde o corpo ressurreto deixa de ser uma tenda frágil para
tornar-se um edifício permanente.
2. Um gemido profundo: Enquanto vivermos
aqui gememos desejando o céu (v.2).
O gemido
expressa nossa impotência e fraqueza. A criação geme (Rm 8.22); os crentes
gemem aguardando a redenção final do corpo (Rm 8.23) e o Espírito Santo geme
intercedendo por nós (Rm 8.26). Esse gemido acontece em função da aspiração
positiva pela “habitação celestial”. O melhor da vida é o que estar por vir, o
que foi prometido por Deus e por ele preparado para a eternidade!
3. Uma aspiração gloriosa: O
revestimento da glória eterna (v.2b-4).
O que nós esperamos com ansiedade não é a morte, mas a
redenção do corpo (Rm 8.23). A gloriosa transformação se dará pelo revestimento
desse corpo corruptível pela incorruptibilidade do corpo glorificado, de modo
que esse será absorvido (lit. devorado) por aquele. Na mesma medida que gememos
pelas fraquezas do corpo presente, devemos ansiar pelo revestimento do corpo de
glória.
4. Um Penhor Seguro: A habitação
permanente do Espírito Santo em nós (v.5).
Deus nos preparou para o cumprimento dessa gloriosa
promessa nos concedendo o penhor do Espírito quando cremos em Cristo. Há uma
promessa objetiva de redenção e uma experiência subjetiva da habitação do
Espírito Santo em nós. Esse fato nos relembra que as glórias prometidas para o
futuro já começam aqui. A existência atual é o fundamento da vida na glória. O
penhor do Espírito é a garantia de que a obra que Deus começou a fazer em nós
será concluída (Fp 1.6). Um penhor é o pagamento da primeira prestação que
garante que as demais serão quitadas. Esse penhor é a garantia de que não
caminhamos para um fim tenebroso, mas glorioso (2 Pd 1.19).
5. Uma confiança plena: Um dia viveremos
com o Senhor (v.6-8).
Essa segurança da vida eterna tem dois elementos que a
sustentação no tempo presente: Um bom ânimo e uma confiança plena. Esses versos
nos ensinam que o céu não é apenas o nosso destino, mas também a nossa
motivação para uma vida digna de Deus enquanto vivermos aqui. Somos confiantes
quanto ao futuro e corajosos quanto ao presente. Enquanto for assim, a morte
jamais será para nós uma tragédia, mas o mais puro lucro (Fp 1.21). Só aqueles que tem o penhor do Espírito Santo
podem ter essa confiança.
6. Um esforço real: Sermos agradáveis a
Deus (v.9).
Paulo sempre associa dever com
doutrina. O que Deus fez por deve nos motivar a fazer algo por ele. Não há
verdade no cristianismo que não seja filha do amor e mãe do dever.
Se nosso projeto de vida é agradar a Deus, desejar o
céu não deve nos desmotivar ao serviço altruísta aqui, pelo contrário. As
pessoas que mais amaram o céu foram as que fizeram as coisas mais importantes
na terra.
7. Um tribunal justo: Todos
compareceremos perante o julgamento de Deus (v.10).
O caminho da glória é também o caminho do juízo. Cada
pessoa ouvirá o veredicto dito por Deus baseado em sua conduta pessoal.
a)
O tribunal de
Cristo será justo. Ninguém poderá escapar dele.
b)
O tribunal de
Cristo será imparcial. Seu julgamento não receberá nenhuma influência de fora.
c)
O tribunal de
Cristo será meticuloso. O que semearmos, isso colheremos.
d)
O tribunal de
Cristo será revelador. Julgará tanto nossas ações como intensoes (1Co 4.5).
e)
O tribunal de
Cristo será distribuidor. Daremos um relatório de todas as nossas obras a Deus
(Rm 14.10-12). Ali os infiéis serão condenados eternamente e os justificados
receberão as recompensas das promessas e da graça
Aplicações:
1.
Devemos viver a vida daqui com os olhos lá em cima (Cl 3.1-3).
2.
Devemos nos submeter ao Espírito e aceitar seu governo abençoador em nós.
3.
Procuremos viver de modo agradável a Deus sempre.