Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO
06 = 2 Coríntios 4.1-6
– O Ministério da Nova Aliança (1). 09/09/2014.
Grupo de Estudo do Centro – Agosto a
Dezembro/2014
Liderança:
Pr. Hélio O. Silva e Sem. Adair B. Machado.
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Comentários Expositivos Hagnos – 2
Coríntios – Hernandes Dias Lopes, Hagnos, p.95-103.
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Introdução:
Paulo continua sua defesa em favor de seu ministério.
Na seção anterior ele descreveu a superioridade da Nova Aliança, aqui (4.1-18) avança
para a descrição do ministério da Nova Aliança. Nos versos 1-6, Paulo faz uma
apresentação majestosa da glória do Evangelho de Cristo.
O Evangelho não é um produto da imaginativa mente
humana, mas da revelação verdadeira e genuína de Deus. Há seis pontos
importantes a serem enfatizados:
1. O Evangelho
é concedido pela misericórdia Divina, e não pelo mérito humano (v.1).
Paulo foi um implacável perseguidor da igreja; quando
não buscava a Cristo, este o buscou e o comissionou para a pregação do
evangelho (1 Tm 1.12-17). Em vez de lhe dar o castigo merecido, Deus, em sua
misericórdia, o fez ministro do evangelho que transformou a sua vida. Não foi
Paulo quem conquistou o evangelho, mas o conquistou e subjugou sua vida à sua
glória.
2. O Evangelho
nos dá forças para enfrentar o sofrimento (v.1b).
Paulo enfrentou todo tipo de sofrimento: Perseguição,
rejeição, oposição, abandono, apedrejamento, açoites, prisão etc. Nada disso,
porém foi capaz de desencorajá-lo, porque o chamado divino é sempre acompanhado
da capacitação divina. O privilégio glorioso da pregação é que nos fortalece
diante de qualquer oposição.
3. O Evangelho
nos capacita a ser íntegros na pregação (v.2).
Aqui a argumentação de Paulo é positiva, não
combativa. Ele apresenta a sua situação de vida, não a dos seus opositores. Ele
salienta alguns pontos:
a)
O cristão verdadeiro vive na luz. Os
falsos obreiros têm motivações antagônicas ao Evangelho, tais como, promoção
pessoal, lucro financeiro, comodidades e aplausos; não estavam interessados em
santidade, fidelidade ou na salvação das pessoas.
b)
O cristão verdadeiro não usa truques para
pregar a Palavra. Astúcia é uma palavra usada sempre com conotação negativa
nas Escrituras. A astúcia é associada à forma de ação de satanás quando seduziu
e enganou a Eva e Adão (2 Co 11.3,14,15 e 12.6).
c)
O cristão verdadeiro não adultera a
Palavra para ganhar os ouvintes. Adulterar é torcer o significado e
misturar a Palavra de Deus com outras idéias advindas do secularismo a fim de
aplicar de forma errada os ensinos e exigências de Deus a fim de atrair
seguidores para si e não para Deus.
d)
O cristão verdadeiro vive de forma transparente
na presença de Deus e dos homens. O evangelho não carece de reforços a fim
de torná-lo mais aceitável ao paladar das pessoas. Ele é suficiente e eficiente
por ser a verdade. Nenhum expediente psicológico poderia elevá-lo ou melhorá-lo
para torná-lo mais eficiente ou interessante.
4. O Evangelho
nos adverte da terrível oposição de satanás (v.3,4).
O
ser humano decaído tem mais facilidade em acreditar em mentiras do que em crer
na verdade. O evangelho permanece encoberto aos que se perdem por causa da
cegueira causada por satanás sobre eles. O problema das pessoas rejeitarem o
evangelho não está nele, mas na mente tomada pelas trevas delas.
a) O evangelho salva ou condena. Ele salva os que crêem e mantém
debaixo da condenação divina os que o rejeitam.
b) O diabo interfere na mente dos ouvintes. Ele age o tempo todo
tentando impedir a obra da evangelização. Os não salvos são escravos do mundo,
de satanás e das inclinações pecaminosas de seus próprios corações (Ef 2.1-3).
Esses agem em conjunto para impedir o arrependimento dos pecadores.
c) O diabo ataca os
incrédulos com cegueira espiritual. Ele é o príncipe das trevas (Ef 2.2). Os
que são perdidos não são capazes de entender a mensagem do evangelho porque
satanás os mantém em trevas. O fato mais triste disso tudo é que na sua
sagacidade, consegue usar lideres religiosos para enganar as pessoas. A
pregação desses os leva a crer em ilusões e fantasias como se fosse a mais pura
verdade.
5. O Evangelho
nos mantém longe da presunção (v.5).
O foco da pregação é Cristo e nunca o próprio
pregador. Cristo é apresentado como o verdadeiro Senhor de tudo e de todos,
inclusive dos pregadores. Devemos nos apresentar como servos de Cristo.
O conteúdo do evangelho é o Cristo crucificado (1 Co
1.21) a quem Deus ressuscitou dos mortos. Cristo é o Senhor soberano diante de
quem todo joelho se dobrará para reconhecer seu governo eterno sobre tudo (Fp
2.8-11). O pregador é servo da igreja e não dono dela. Deve servir à igreja não
por ser escravo das pessoas, mas porque ama a Cristo e está ao seu serviço.
Devemos servir à humanidade porque somos servos obedientes daquele que é o
único Senhor de tudo!
6. O Evangelho
coloca em evidência o poderoso milagre da nova criação (v.6).
Assim como Deus realizou a criação do nada, das trevas
(Gn 1.2,3) ele tira os pecadores do império das trevas na nova criação e os
transporta para o reino do Filho do seu amor (Cl 1.13). Deus é o criador da
antiga e da nova criação e dissipa as trevas em ambas. Na primeira criação Deus
ordenou à luz que brilhasse, mas na nova criação ele mesmo brilhou em nossos
corações. Paulo experimentou isso na estrada de Damasco quando uma luz mais
forte e intensa que o sol ao meio dia brilhou ao seu redor, jogando-o ao chão
(At 9.3,4). Essa luz era a própria manifestação da glória de Deus na face de
Cristo invadindo o coração submerso em trevas daquele insolente perseguidor da
igreja. Depois desse encontro, Deus fez dele o maior apóstolo, missionário,
teólogo e plantador de igrejas da história do cristianismo.
Aplicações:
1.
No serviço ao
evangelho não há mérito, mas misericórdia e graça que produzem gratidão
intensa!
2. No serviço ao
evangelho não existe um mar de rosas, mas o sofrimento jamais termina no
desespero, mas na vitória.
3. Abraçar o
evangelho não é o fim da criatividade, mas o começo da eternidade!
4. Quem anda no
evangelho não teme a satanás, porque o poder do evangelho dissipa o poder de
satanás.
5. Quem tem o foco
no evangelho sabe que somos vasos de barro, e que o tesouro é o evangelho que
Deus guardou dentro de nós.
6. Quem ama o
evangelho experimentará a vivacidade e o poder do evangelho na sua vida.