Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO
Grupo de Estudo do S. Bueno 1 – Agosto a
Dezembro/2014
Liderança:
Pr. Hélio O. Silva e Presb. Adevenir Portes.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
01 = 2 Coríntios 1.1-4
– Introduçção à Epístola: Consolados Para Consolar Outros. 06/08/2014.
Comentários Expositivos Hagnos – 2
Coríntios – Hernandes Dias Lopes, Hagnos, p.11-22.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Introdução: Essa é a carta
mais pessoal e mais autobiográfica de Paulo. Ela nos permite sondar os
sentimentos mais íntimos do apóstolo sobre si mesmo, o seu ministério e seu
relacionamento com as igrejas que fundava e nutria.
Local e data da epístola:
Paulo escreveu
essa carta da província da Macedônia (2.13; 7.5; 9.2). por volta do segundo
semestre de 56 d.C. no decurso de sua 3ª viagem missionária logo após receber
um relatório otimista de Tito sobre a situação da igreja de Corinto. Paulo
havia feito uma segunda visita a Corinto, conhecida como “visita dolorosa”
entre a escrita de 1ª e 2ª Coríntios (2 Co 12.14; 13.12).
O Conteúdo da Carta:
O
motivo da carta era quádruplo: (1) Tratar do perdão e restauração do membro
incestuoso que tumultuava a congregação e possivelmente liderava a oposição a
Paulo em Corinto (2.6-11); (2) Falar das aflições por que passava em seu
ministério (4.7-12; 6.4-10; 11.23-28); (3) O levantamento da oferta aos pobres
da Judéia; (4) apresentar uma sólida defesa do seu apostolado diante dos falsos
apóstolos (cap. 10 e 11).
A
palavra chave da epístola é “consolo”, por meio o qual o sofrimento, a fraqueza
e a derrota são transformados em júbilo, força e triunfo. O verbo consolar aparece
18x e a palavra consolação 11x.
1. Uma Saudação aos irmãos (v.1,2).
a)
Paulo se
apresenta como representante de Deus.
Ele é apóstolo
(enviado) pelo próprio Deus com autoridade dada por Ele a Paulo. As credenciais
do apostolado consistiam em ser testemunha ocular da ressurreição de Cristo (1
Co 9.1) e a realização, pelo poder de Deus, de sinais e prodígios com
persistência (2 Co 12.12).
b)
Paulo
demonstra convicção do seu chamado.
A base do apostolado de Paulo era
vontade de Deus; não sua experiência pessoal, nem a indicação de homens. Paulo
argumenta da mesma maneira em Gálatas 2.
c)
Paulo se
dirige à igreja que pertence a Deus.
A igreja um
único dono absoluto, ela pertence somente a Deus. A igreja é o ajuntamento do
povo de Deus para a adoração, louvor, comunhão e serviço. Ela está em Corinto
como uma expressão local, mas está em toda parte onde o povo de Deus está.
Nesse sentido ela é transcultural, interdenominacional e universal. Ela é
formada por pessoas santas, no sentido de que, são os crentes chamados e perdoados
por Deus para ser sua possessão especial.
d)
Paulo roga as
bênçãos mais excelentes sobre à Igreja.
Graça e paz
sintetizam a essência da salvação. A graça é a causa da salvação e a paz o seu
resultado. Não há graça sem paz e não há paz sem a graça. Não há nem graça e
nem paz fora do Pai e do Filho. A graça é o favor imerecido de Deus e a paz é a
benção da reconciliação entre nós e Deus.
2. Uma Exaltação a Deus (v.3,4).
Paulo inicia a
carta enfatizando a pessoa e obra de Deus em nosso favor como mais importantes
que manter o foco nos problemas e dificuldades. Ele destaca três verdades sobre
Deus que precisamos ficar atentos:
a)
Deus deve ser
exaltado por quem Ele é.
®
Deus é a fonte de todas as bênçãos (Ef 1.3; 1 Pd
1.3).
®
Deus é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.
Cristo é o seu Filho em eternidade e Cristo é a expressão exata do seu
ser.
®
Deus é o Pai de misericórdias.
Misericórdia é
um atributo comunicável de Deus pelo qual ele não nos dá o castigo que
merecemos, mas derrama sobre nós o favor que não merecemos. Suas misericórdias
são a causa de não sermos consumidos (Lm 3.22). Elas são ricas (Sl 5.7; 69.16)
ternas (Tg 5.11) grande (Nm 14.19) e dispensada a nós em multidão (Sl 51.1).
®
Deus é o Deus de toda consolação.
Deus é o nosso
refúgio e fortaleza, socorro bem presente em toda tribulação (Sl 46).
b)
Deus deve ser
exaltado pelo que faz por nós.
Ele nos
conforta em toda tribulação de forma contínua e ininterrupta. São repetidas e não
terão interrupção. Não quer dizer que Deus nos livra do desconforto sempre que ele
aparece, mas que Deus nos dá ferramentas, treinamento e orientações para suportarmos
vitoriosamente os problemas da vida. Tribulação significa no texto “um peso esmagador”
apontando para o fato real de que provas jamais são fáceis, mas que por intermédio
delas, Deus nos burila e molda nosso caráter. Nas provações aprendemos a depender
verdadeiramente da providência divina e a confiar mais no nosso provedor do que
na providência em si.
c)
Deus deve ser
exaltado pelo que faz por meio de nós.
Somos consolados
para sermos consoladores. Deus os abençoa para sermos benção na vida dos outros.
As angústias pelas quais passamos são pedagógicas, pois Deus não desperdiça o sofrimento
na vida de seus filhos redimidos.
Aplicações:
1. Em
tempos de sofrimento tendemos a pensar somente em nós e nos esquecemos dos outros
e nos tornamos cisternas em vez de sermos canais de benção para os outros.
2. Quem
é consolado por Deus pode consolar outros em “qualquer” situação.
3. Não
sejamos murmuradores durante a tribulação, mas procuremos entender o momento e a
sermos gratos em todo tempo.