Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO
Grupo de Estudo do S. Bueno 1 – Fevereiro
a Junho/2014
Liderança:
Pr. Hélio O. Silva e Presb. Adevenir Portes.
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01 = Mateus 27.27-31 –
O Homem Que é Zombado Como Rei, É o Rei.
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Introdução:
Ao propormos o tema da cruz e da ressurreição de
Cristo para os nossos estudos semanais precisamos entender que é tão importante
saber o que esses acontecimentos significam como é importante saber que
aconteceram de fato. A mente pós-moderna ignora tanto uma coisa quanto a outra,
reinterpretando-as segundo a conveniência de suas ideias e idealizações do
cotidiano.
A ironia expressa significado por utilizar palavras
que normalmente significam o oposto do que está sendo dito. Quando é
intencional, o falante sabe exatamente o quer com o seu uso. Numa narrativa, a
ironia tem o poder de dar foco a uma situação. Um exemplo claro disso foi a
historieta que Natan contou a Davi para desmascarar sua hipocrisia diante do
assassinato de Urias, encomendado por ele a Joabe (1 Sm 12.5-7).
O texto de Mateus 27 nos apresenta quatro ironias a
respeito da crucificação de Cristo. Tratemos a primeira delas.
- A zombaria.
Jesus se tornara inimigo das autoridades políticas e
religiosas de Israel. Tinham inveja de sua popularidade e temiam seu poder
político potencial, suspeitando de seus motivos. Num julgamento irregular,
conseguiram sua condenação como traidor da nação.
Assim que a condenação à cruz foi decretada Jesus foi
açoitado pela segunda vez como um procedimento padrão dos soldados romanos. A
zombaria é que não era padrão.
Tudo é feito de forma zombeteira e maliciosa. O manto
escarlate, a coroa de espinhos, o caniço, soldados ajoelhando-se em reverência,
frases de aclamação real e espancamento.
- a ironia: o homem que é zombado como rei, é o
rei.
No entanto, Mateus sabe, os leitores sabem e Deus sabe
que Jesus é o rei dos judeus. Esse é propósito do livro de Mateus.
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Mateus 1 – A
genealogia de Cristo o apresenta como herdeiro de Davi e Abraão (1.1).
ligando-o diretamente à aliança de 2 Samuel 7.
®
Mateus 2.2 – Os
magos procuram onde nasceu o rei dos judeus.
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Mateus 13 – Jesus
profere as parábolas do Reino.
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Mateus 27.11 –
Pilatos lhe pergunta se é de fato o rei dos judeus.
- um reinado diferente do reinado de césar.
Jesus deixou claro para Pilatos que o seu reino não
implicava ameaça militar para César. Mesmo percebendo isso, Pilatos o condenou
como traidor.
A ironia do texto é que toda ironia praticada
zombeteiramente contra Cristo expressava a mais límpida e pura verdade: Crist é
o Rei de fato!
Embora os solados aviltassem a Jesus como um criminoso
patético, tudo o que disseram era a verdade, o oposto do que pretendiam dizer.
Jesus é mais que o rei dos judeus, ele é o rei de tudo.
Ele possui toda autoridade no céu e na terra (Mt 28.18). Sua autoridade total é
a autoridade do próprio Deus.
Que
tipo de rei Jesus era na perspectiva de Mateus?
®
Mateus 20.20-28 =
Não exercia sua autoridade nos mesmos moldes do modelo mundano. A Natureza de
seu reinado era servir e dar sua vida em resgate pela vida de muitos (v.25-28).
®
A autoridade no
mundo caído no pecado é motivada por profundo senso de autopromoção; de querer
ser o número 1; um profundo senso de autopreservação e até de um profundo senso
de direito pessoal.
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Na sua missão
soberana Jesus não se autopromover; veio dar sua vida em resgate por muitos.
®
É por isso que
Pilatos e os judeus foram incapazes de reconhecê-lo como rei.
®
O seu reinado tem
sido ilustrado durante dois milênios pelo escândalo da cruz.
®
A grande primeira
ironia de Mateus 27 é que o homem zombado como rei – é o rei!
Questões Para Revisão e Reflexão:
- Que lugar damos para o uso de ironias em nossas
relações com os outros?
- Já fomos pegos no fato de nossas ironias
expressarem uma verdade que não desejávamos admitir?
- Por que Deus ironiza nossas ironias?
Aplicações:
- Deus ironiza nossas ironias para mostrar a verdade dos fatos.
- A natureza do reino de Deus é diferente, logo, nosso comportamento diante de status quo deve ser diferente. Buscar servir mais do que buscar ser servido, ou melhor, não servir para alcançar autopromoção.
- As ambições que devem alimentar nossos pedidos a
Cristo devem expressar nossa experiência dentro do reino e nos levar para
a assimilação de seus valores: Servir e dar.