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Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO
04 = 1 Timóteo 1.18-20 – Timóteo e o Bom Combate. 28/08/2013
Grupo de Estudo do Centro – Agosto a
Dezembro/2013
Liderança:
Pr. Hélio O. Silva e Sem. Adair Batista.
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A Mensagem de 1 Timóteo – A Vida na
Igreja Local – John R. W. Stott, ABU, p.53-55.
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Introdução:
O parágrafo que compreende os versos 3-20 nos
apresentam três dos quatro grupos de líderes presentes na igreja de Éfeso: Os
falsos mestres, Paulo e Timóteo. Mais adiante Paulo introduzirá a geração que
deve ser preparada por Timóteo e que diz respeito diretamente a nós.
Agora é a vez de Timóteo. Ele é exortado a combater o
bom combate em favor da fé cristã. Compete a Timóteo escolher a quem seguir:
Paulo e o verdadeiro evangelho ou os falsos mestres e suas e sua perigosa má
influência sobre as igrejas. Nenhum líder cristão pode permanecer neutro diante
do falso ensino. “Tanto agora como naquela época, a verdade exige que nos posicionemos”
(p.53).
- A motivação para o bom combate (v.18)
Primeiro Paulo procura motivar Timóteo a ficar firme.
Usa dois argumentos, um pessoal e outro institucional.
a) A relação
com o apóstolo = Meu filho.
Paulo o chama de “meu filho”. No verso 2 já o chamara
de “verdadeiro filho na fé”, deixando claro que seu relacionamento com Timóteo
está alicerçado na fé que procede do evangelho.
b) As profecias
a seu respeito.
Paulo não nos dá o conteúdo dessas profecias Enem quem
as proferiu, mas deixa a entender que ocorreram por ocasião de sua ordenação
ministerial (4.14). Nessa ocasião, ele foi separado solenemente para o
ministério, recebendo dons e autorização para exercê-los a serviço da igreja. A
intenção de Paulo é deixar claro a Timóteo que tanto a sua vocação quanto a sua
permanência no ministério não aconteceram no vazio, mas foram marcados pela ação
sobrenatural de Deus com a participação pública da igreja. Essas profecias
tornaram pública a sua vocação.
- Combatendo o Bom combate (v.19).
a)
É necessário cumprir o dever.
Este dever (parangelia
= dever, instrução, mandamento) é repassado a Timóteo acompanhado de instruções
a fim de que fique seguro e aja com segurança em favor do evangelho. A vocação
ministerial não é fruto de uma decisão íntima e pessoal, mas envolve a ação
divina e a participação da igreja. Não existe ministério particular do tipo
“meu ministério”; o ministério é uma realidade plural no sentido de que a sua
responsabilidade é tripartida entre o obreiro, Deus e a igreja! Todavia, tendo
recebido o ministério de Deus com o reconhecimento da igreja, não há mais como
se desviar dele.
b)
O bom combate.
O bom combate só será bem combatido se
Timóteo estiver firmado nas profecias das quais foi alvo, pois foram elas que
confirmaram a sua vocação ministerial. O combate é a guerra em si, com todas as
suas características assustadoras e perigosas. Entretanto, o que caracteriza o
bom combate é a natureza da vocação e o alvo do combate: Lutamos pelo evangelho
contra a secularidade que ofusca e prende as pessoas na escravidão do pecado e
na escuridão das ideias! Lutamos contra satanás e seu mundo espiritual do mal.
Lutamos contra a nossa própria pecaminosidade e corrupção morais. O ensino
falso nas igrejas é um grande aliado desses inimigos da fé, pois camufla a
corrupção humana com uma roupagem de piedade.
c)
Mantendo a fé.
Os dois gerúndios a seguir respondem
como deve ser o bom combate. A fé e a boa consciência devem ser mantidas.
“Manter” significa “ter” ou “abraçar”. O abraço é uma das expressões de
intimidade e proximidade. Fé e boa consciência devem ser mantidas juntas, uma
ao lado da outra.
A fé tem o sentido objetivo de
“evangelho”, algo que foi recebido e deve permanecer inalterado.
d)
Mantendo a boa consciência.
A “boa consciência” diz respeito ao lado
subjetivo da fé. A consciência é o nosso juiz interno que determina o nosso
julgamento e comportamento quanto ao certo e o errado. Ela precisa ser boa,
para não ser contaminada pela corrupção do falso ensino. Uma consciência má é a
porta aberta para a corrupção moral e a prática daquilo que não agrada a Deus.
- Os que rejeitaram a boa consciência naufragaram
na fé.
a) O que significa
rejeitar a boa consciência?
Quem rejeita um naufraga no outro. A palavra rejeitar
aponta para algo muito pior que um mero descuido, aponta para uma decisão moral
ruim e má de expulsar de si algo que é bom.
Na escritura crença e comportamento, convicção e
consciência, o que é intelectual e o que é moral andam sempre juntos. Quem
quiser fazer a vontade de Deus, conhecerá a doutrina (Jo 7.17).
A recusa em ver essa relação entre a fé e a
consciência tem sido a causa de inúmeros naufrágios espirituais.
b) Himineu e
Alexandre estão entre os que naufragaram.
Eles tinham sido fiéis no passado, mas
em razão uma obstinada desobediência às exigências morais do evangelho,
desviaram-se da verdade e arruinaram o seu ministério. Muitas vezes os
ministérios pastorais fracassam pela via moral, nem sempre pela via
intelectual.
® Foram
entregues a Satanás.
Entregar a Satanás é uma alusão à
excomunhão (1 Co 5.5,13). Ao contrário do que muitos pensam, a disciplina
eclesiástica é cura para o faltoso arrependido e parede contra a permanência do
falso ensino na igreja.
® Para que
aprendam a não blasfemar.
O objetivo da disciplina é acabar com a blasfêmia no
corpo de Cristo. A frase traz em si uma possibilidade de restauração para
aqueles que aceitarem a disciplina e mudarem seu comportamento.
Aplicações:
- Nunca se calar diante do ensino falso dentro da
igreja. Posicionar-se a favor do evangelho de forma clara e objetiva.
- Ser cuidadosos com a pureza do evangelho e da
vida pessoal.
- Equipar-se para o combate (Ef 6.10-18 – a
armadura de Deus e a oração).