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Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO
03 = 1 Timóteo 1.12-17 – O Apóstolo Paulo e o Evangelho. (21/08/2013).
Grupo de Estudo do Centro – Agosto a
Dezembro/2013
Liderança:
Pr. Hélio O. Silva e Sem. Adair Batista.
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A Mensagem de1 Timóteo – A Vida na
Igreja Local – John R. W. Stott, ABU, p.47-52.
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Introdução:
O evangelho é motivo de louvor na vida de todos os que
por ele foram alcançados. Há duas exclamações de louvor de Paulo nesse texto
referentes ao evangelho (v.12 e 17). A gratidão é o fundamento de todo o nosso
serviço ministerial cristão. Essa é a relação que devemos ter e fazer com o
evangelho e nós: Gratidão. Ele não vê o evangelho como um fardo pesado (encargo
– v.11), mas o maior motivo de sua gratidão a Deus.
Pelo que Paulo agradece?
1.
gratidão pelo chamado a
evangelho (v.12-14)
a) O motivo da
gratidão é o evangelho.
®
Deu-me forças.
Esse fortalecimento é moral e não físico. É interno,
não externo. Sem esse fortalecimento não há como cumprir o nosso encargo do
evangelho (v.11).
®
Considerou-me fiel.
A fidelidade de Paulo não é a base de seu chamamento,
mas é fruto exatamente desse chamamento e do fortalecimento interior mencionado
acima.
®
Designou-me para o ministério.
Há aqui uma referência à sua conversão, quando Deus
lhe deu o apostolado aos gentios. Ministério é diaconia, serviço. O ministério
cristão nos é dado para servirmos aos demais e nunca o contrário.
b) O evangelho
muda a herança do passado.
O evangelho não somente muda as nossas vidas, muda
também a nossa história, marcando-a com um divisor de águas na nossa história
pessoal. Paulo aponta três características negativas de seu caráter antes de
conhecer o evangelho e dá ruas razões porque era assim. A nossa gratidão pelo
evangelho fundamenta-se naquilo que ganhamos e do que fomos libertos por ele.
®
Blasfemo =
ele falava mal de Cristo e tentava forçar os discípulos a fazerem o mesmo.
®
Perseguidor
= Em Gálatas 1.13, Paulo qualifica essa perseguição como violenta. Seu objetivo
era destruí-la.
®
Insolente =
O insolente tem satisfação em maltratar e humilhar as pessoas; o insolente é
aberta e declaradamente hostil.
®
Ignorância e incredulidade = Ele não entendia e não cria no evangelho, por isso
fazia tudo isso contra os cristãos.
2.
O cerne do evangelho é a
salvação dos pecadores (v.14-16).
a)
Um evangelho que transborda de graça!
Misericórdia (v.13) e graça (v.14) estão
sempre juntas na nossa salvação. Deus não dá o castigo que merecemos e dá de
graça a salvação que jamais mereceríamos. A graça transborda como um rio na
época da cheia carregando tudo que tem pela frente.
b)
Uma palavra fiel e digna de inteira aceitação.
Paulo emprega essa mesma expressão por
cinco vezes nas cartas pastorais (1.15; 3.1; 4.9; 2 Tm 2.11; Tt 3.8) e reflete
a fidedignidade do conteúdo das escrituras e a necessidade que temos de
recebê-la e aceitá-la por inteiro.
A afirmação de Paulo resume o conteúdo
do Evangelho.
1º. O conteúdo do evangelho é verdadeiro e digno de
inteira aceitação. Não é nem especulativo nem fantasioso.
2º. A aceitação do evangelho deve ser universal – Ele
é verdade para todos.
3º. A essência do evangelho é a vinda de Cristo para
salvar os pecadores.
4º. A aplicação do evangelho é pessoal.
c)
Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores.
A vinda de Cristo não foi um evento
sociopolítico, mas uma ação sobrenatural de Deus no mundo para tratar com o
pecado e a separação que ele causa entre Deus e os homens.
d)
Paulo, o pior os pecadores.
Embora a proclamação do evangelho seja
geral, a sua aplicação é bem específica. Paulo considera a si mesmo como o pior
dos pecadores.
e)
A grandeza da misericórdia e da paciência divinas.
Por que o pior pode ser alcançado e
perdoado pelo evangelho, porque a fonte da salvação é a misericórdia divina e não
os méritos humanos e seus feitos. O evangelho procede do caráter bondoso de
Deus, pois o evangelho é de Deus, pertence a ele e não às comodidades dos
homens.
O
que deve sustentar nosso fervor evangelístico? A experiência pessoal que temos com a misericórdia, a
graça e a paciência divinas.
É por isso que a palavra conclusiva de
Paulo é de louvor a Deus, pois sabe de onde veio antes de conhecer a graça do
evangelho.
3.
Louvor ao Deus desse
evangelho (v.17).
São cinco expressões de louvor a Deus:
a) Rei eterno.
Deus é rei e governa eternamente. O reino jamais
passará de sua mão.
b) Deus único.
Além de eterno, Deus é único, ou seja,
ele é singular em seu ser. Nenhum deus nomeado entre os homens o iguala e nem
muito mesmo supera.
c) Imortal e
invisível.
Não morre e não pode ser visto sem a sua permissão
(Deus é Espírito – Jo 4.24). Os homens tentam trocar a sua glória imortal por
similaridades criadas por eles mesmos.
d) A ele honra
e glória para sempre.
Honra
é respeito e a glória é o brilho exterior de seu ser interior. A glória de Deus
nos é revelada principalmente na criação, nos seus feitos exclusivos e
principalmente salvíficos.
Aplicações:
1.
Sejamos gratos
pelo evangelho.
2.
Recordemos o
caminho da mudança de nossas vidas realizada pelo evangelho a fim de
testemunharmos a graça de Deus.
3.
Misericórdia,
graça e paciência de Deus são a base de um fervor evangelístico saudável.
4.
Embora não
podemos nem definir nem compreender a Deus completamente, ele deseja e se
agrada que lhe ofereçamos nossa gratidão e nosso louvor.