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01 = 1 Timóteo 1.1,2 = O Apóstolo e Seu Filho na Fé


Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO
01 = 1 Timóteo 1.1,2 – O Apóstolo e Seu Filho na Fé.    07/08/2013
Grupo de Estudo do Centro – Agosto a Dezembro/2013
Liderança: Pr. Hélio O. Silva e Sem. Adair Batista.
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A Mensagem de 1 Timóteo – A Vida na Igreja Local – John R. W. Stott, ABU, p.33-36.
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Introdução:
Por que a epístola de 1 Timóteo é importante para nós hoje? A preocupação dominante de Paulo nas epístolas pastorais a Timóteo e Tito é com a verdade, para que ela seja guardada e transmitida fielmente à próxima geração de crentes. O pós-modernismo de nosso tempo afirma ser a verdade subjetiva e influenciada pela cultura, portanto, a verdade do evangelho é somente mais uma “verdade” a ser considerada em meio a tantas outras igualmente válidas. Um subproduto do pós-modernismo é o pluralismo que declara ser válida cada fé e ideologia exigindo o abandono de qualquer tentativa de conversão das pessoas ao cristianismo!
1 Timóteo, ao lado das demais Cartas Pastorais, é um desafio e chamado incisivo à fidelidade e ao discipulado eficaz. Há quatro grupos de pessoas a serem consideradas em 1 Timóteo quanto a esse chamado: Paulo, o apóstolo fiel e envelhecido, que conclama seus discípulos mais próximos à fidelidade. Timóteo, o “verdadeiro filho na fé” (1.2), que deve manter o padrão da sã doutrina, lutar contra os falsos mestres e transmitir à nova geração a verdade do evangelho (2 Tm 2.2). Os falsos mestres, que se desviaram da fé e ensinam mentiras (1 Tm 1.6, 4.1; 2 Tm 2.18). E por último, os verdadeiros pastores e discípulos de Cristo, que receberão o verdadeiro ensino do evangelho e o transmitirão fielmente à próxima geração de crentes (2 Tm 2.2).
            O programa de Paulo em 1 Timóteo pode ser dividido em 6 pontos:
1. A doutrina da Igreja = Como preservá-la intacta e não corrompida pelo falso ensino (1.3-20).
2. O culto público = o lugar prioritário da oração intercessória e o papel de homens e mulheres no mesmo (2.1-15).
3. A função pastoral na igreja = Paulo se concentra particularmente na eleição de presbíteros e diáconos (3.1-16).
4. A liderança local = Assunto associado à vida piedosa e moral dos cristãos e o que os lideres mais jovens devem fazer para serem respeitados na igreja e seu ensino não ser desprezado pelos demais (4.1-5.2).
5. As responsabilidades sociais da igreja =  Paulo discute o comportamento piedoso da igreja frente às viúvas, presbíteros (idosos) e escravos (5.3-6.2).
6. A igreja e as riquezas = uma reação àqueles que pensam ser a piedade “fonte de lucro” e quanto aos que cobiçam e aos que possuem riquezas materiais (6.3-21).
            Observem o quão rico e prático é o conteúdo dessa carta de Paulo!
           
  1. Paulo, O Apóstolo de Cristo (v.1).
a)      Apóstolo de Cristo.
Paulo reivindica ser seu apostolado do mesmo nível dos doze apóstolos de Cristo. Todavia, deixa claro que seu ministério pertence a Cristo e não a ele mesmo. Em 1 Co 9.1ss, ele afirma categoricamente que viu a Cristo pessoalmente e que os frutos de seu trabalho eram visíveis perante as igrejas.

b)      Pelo mandato de Deus e de Cristo.
®     O mandato.
O apostolado de Paulo é um mandato de Deus e de Cristo, uma ordem divina. Essa comissão lhe confere autoridade no ensino e na liderança que desenvolvia entre as igrejas. Quem o designou não foram os outros apóstolos, nem a igreja e nem ele mesmo, mas o próprio Deus! O mandato de Deus é a ordem oficial de um rei que deve ser reconhecida e obedecida por todos.
®     Salvador.
Esse mandato é materializado no objetivo salvífico de Deus. O apostolado de Paulo está relacionado à pregação de toda a obra salvífica de Deus por meio do anúncio, nascimento, ministério, morte e ressurreição de Cristo.
®     Esperança.
O ponto alto do ministério é a nossa esperança depositada em Cristo. Ele não somente nos salva, como também voltará pessoal e gloriosamente para cumprir todo o propósito divino para a história. Nossa fé significa amá-lo e aguardá-lo até o seu retorno triunfante!

  1. Timóteo, o Verdadeiro Filho (v.2).
a)      O perfil geral de Timóteo.
®     Relativamente jovem.
Duas vezes Paulo menciona sua juventude em suas epístolas (4.12; 2 Tm 2.22). É muito improvável que Paulo o tenha convidado em Listra a fazer parte da equipe com menos de 20 anos de idade (At 16.1-3). A escrita de 1 Timóteo aconteceu entre 13 ou 14 anos depois disso, portanto, Timóteo teria pouco mais de 30 anos.
®     Tímido de temperamento.
Sua timidez tornava necessária uma palavra de encorajamento e de confiança por parte do apóstolo Paulo. Em 1 Co 16.10 Paulo pede aos coríntios que façam tudo para que ele se sentisse bem entre eles; e na segunda carta, exorta-o a não se envergonhar do evangelho e nem se acovardar diante dos obstáculos (2 Tm 1.7).
®     Enfermo fisicamente.
É muito possível que sofresse de uma gastrite crônica (5.23).

b)      Verdadeiro filho na fé.
Por “verdadeiro” Paulo quer dizer “genuíno”, como um filho de um casamento oficialmente reconhecido e moralmente puro. Timóteo era um filho legítimo do ministério apostólico de Paulo. Ao afirmar essa condição de Timóteo em relação a ele, Paulo confere a Timóteo autoridade na igreja. Ele era um filho genuíno do evangelho genuíno. A relação de Paulo e Timóteo tinha como elo a fé e não os favores das relações humanas comuns. Timóteo não era um protegido eclesiástico de Paulo, um favorecido; era seu filho e seu substituto na continuidade da proclamação do evangelho.

  1. Graça, Paz e Misericórdia (v.2).
a)      Graça.
Graça é a bondade de Deus para com os pecadores culpados e não merecedores da salvação.
b)      Paz.
Paz é a reconciliação dada por Deus a todos os pecadores que antes se achavam separados e alienados da presença de Deus e dos salvos.
c)      Misericórdia.
É a compaixão divina para com aqueles que não podem salvar a si mesmos e que carecem do favor divino. É interessante esse acréscimo de Paulo à sua saudação a Timóteo, PIS não consta nas demais cartas por ele enviadas. Ressalta a verdade de que o ministério carece dessa compaixão divina capaz de levantar o fraco, o desvalido e o cansado!

Aplicações:
  1. O evangelho que recebemos é pleno de autoridade, é a verdade de Deus que precisamos receber, obedecer, nele perseverar, preserve-lo na sua pureza e proclamá-lo com ardor e fidelidade.
  2. Timóteo era jovem, desconfiado, frágil em sua saúde e sujeito a erros como todos nós. Mas mesmo assim Deus o chamou e o capacitou a ser um ministro fiel e comprometido com a verdade do evangelho. O mesmo desafio é feito a todos nós!
  3. A carta é para Timóteo e também para todos nós, pois contém o ensino autoritativo de Deus para nossa conduta como igreja. Deus quer prover sua igreja de liderança capacitada e fiel diante de todos os obstáculos e tempestades por que passar.


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