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18 = Orando Por Poder - Efésios 3.14-21 (1ª parte)


Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO
Grupo de Estudo do Centro – Fevereiro a Junho/2013
Liderança: Pr. Hélio O. Silva, Sem. Adair B. Machado e Presb. Abimael A. Lima.
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18 = Orando Por Poder – Efésios 3.14-21. (1 ª parte) 05/06/2013.
Um Chamado à Reforma Espiritual – D. A. Carson, ECC, p.187 a 202.
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Introdução:
Como aprendemos a orar? Geralmente, cristãos aprendem a orar vendo e ouvindo outros cristãos orando. A prática piedosa da oração no ocidente está em declínio. Como então, reformaremos nossa vida de oração? A melhor resposta é voltarmos às orações da Bíblia. Elas nos ensinam sobre o que orar, que argumentos usar, quais os temas devemos focar, que tipo de paixão é conveniente, como a oração se encaixa numa vida mais ampla e como manter a centralidade de Deus na nossa vida de oração.
A oração de Paulo Em Efésios 3.14-21 tem um foco duplo:

1.     Que Deus nos fortaleça com o seu poder (v.16,71A).

a)    Uma oração por poder.
Paulo retoma o assunto de Efésios 1.18,19.

b)    Poder mediado pelo Espírito Santo.
A aplicação do poder de Deus nas nossas vidas é uma prerrogativa do Espírito Santo somente.

c)     Poder aplicado no nosso “homem interior”.
Mesma expressão de 2 Co 4.16-18. Nosso “homem exterior” envelhece e eventualmente morrerá no tempo apropriado a graça de Deus. Nosso corpo enfraquece a cada ano, mas o nosso homem interior se renova cotidianamente em Cristo, porque nossa esperança é a ressurreição do corpo.
A oração de Paulo visa a ação de Deus com poder na esfera do nosso ser que controla o nosso caráter e nos prepara para o céu.
Duas perguntas importantes:
1ª) Qual o propósito de se pedir poder para nós?
                   Muitos procuram possuir poder. Simão o mágico pediu poder para manipular pessoas. Outros pedem poder para se sentirem superiores inferiorizando os outros. Paulo pede poder para conhecermos melhor a Deus.
         A experiência desse poder tem um caráter trinitário. Paulo pede ao Pai (v.14), mediante o Espírito (v.16) para que Cristo habite o nosso coração pela fé (v. 17).
Uma vez que Cristo já veio habitar em nós quando cremos, que tipo de habitação é essa? É como aquele casal que comprou uma casa usada. Ela estava cheia de defeitos e no decorrer dos anos o casal foi consertando tudo e colocando tudo ao seu gosto. Cristo veio habitar em nós e agora está trabalhando para que nós sejamos uma casa totalmente apropriada ao seu gosto. Isso porque quando Cristo entrou em nossas vidas, não encontrou tudo no seu devido lugar, pelo contrário (Rm 5.5-9).

2ª) Com que medida de recursos a oração será respondida?
         Ela será respondida “segundo a sua riqueza em glória”. A expressão se refere ao que Deus já garantiu para nós por causa de Cristo. Tudo o que vem de Deus a nós, vem por intermédio de Jesus Cristo, tudo está relacionado à obra de Cristo. Deus nos responde de acordo com a riqueza de sua glória, que é uma fonte inesgotável de recursos.

2.     que esse poder nos leve a compreender as dimensões ilimitadas do amor de cristo (v.17b-19):

a)    O propósito da oração.
Ter uma compreensão amadurecida das dimensões ilimitadas do amor de Deus. Paulo não sugere que os cristãos não conheçam o amor de Deus, mas que eles podem apreciá-lo muito mais do que muitas vezes apreciam em suas experiências cristãs.
Vivemos numa época em que muitos cristãos se tornaram místicos em suas experiências espirituais, perdendo a noção da própria realidade, enquanto outros, desconfiados desse misticismo desregrado, se tronaram céticos de uma ação poderosa de Deus a tal ponto de realmente nos empolgar com o Evangelho de Cristo. Ambas as atitudes não são bíblicas. Basta uma olhadela rápida nos textos bíblicos a seguir para perceber a verdade dessa declaração: Sl 73.25,26; Rm 14.17; 15.13; Gl 2.20; 1 Pe 1.8,9; 2.3; Ef 5.18).

b)    Uma metáfora e um paradoxo.
®   A metáfora: medidas – cumprimento, largura, altura e profundidade.
®   O paradoxo: o amor que excede o entendimento.
As narrativas bíblicas nos oferecem exemplos de conduta cristã que nos servirão de padrões de experiência, ainda que não sejam normativas, mas são modelos de fato.
Paulo não esposa nem o misticismo descontrolado nem o ceticismo amargo, mas está apontando para o fato prático de que o amor genuíno não será experimentado à parte ou fora do evangelho. À parte do poder de Cristo, os cristãos terão pouca apreciação pelo amor de Deus.
Também é um fato de que uma percepção profunda e genuína do amor de Cristo raramente acontecerá a uma pessoa que não gaste muito tempo com as Escrituras sagradas. As doutrinas bíblicas são nossos guias no conhecimento genuíno e prático de Deus.

Aplicações:
O propósito da oração é para que sejamos maduros como cristãos. Para isso, Cristo mesmo é o nosso padrão, pois devemos crescer até à sua estatura. Não seremos maduros como devemos até que conheçamos as dimensões completas do amor de Deus. Isso só será possível “cm todos os santos”.
         Não podemos fugir da intimidade de Deus como um marido ou uma esposa fogem da intimidade conjugal, alegando ser uma invasão de privacidade. Perder a intimidade é perder a possibilidade do conhecer profundamente.
Crescer na intimidade com Deus nos leva a crescer na intimidade com os irmãos e vice-versa. É necessário todo o povo de Deus para compreender todo o amor de Deus.

Perguntas para reflexão:
1.     Como aprendemos a orar?
2.     O que guia nossas orações?

3.     Qual o lugar da oração comunitária no meu crescimento pessoal na fé?

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