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Grupo de Estudo do Centro – Fevereiro a
Junho/2013
Liderança:
Pr. Hélio O. Silva e Presb. Abimael A. Lima.
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03 = Lições da Escola
de Oração (2ª parte). 06/02/2013
Um Chamado à Reforma Espiritual – D. A.
Carson, ECC, p.27-38..
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Introdução: Gênesis 32.26: A experiência de Jacó no Vau de Jaboque
é um desafio e um incentivo à ousadia na vida de oração de qualquer cristão!
Na primeira parte desse estudo, o Dr. Carson nos
apresentou quatro lições aprendidas com irmãos mais maduros na fé sobre a escola
da oração:
- Muitas
orações não são feitas porque não planejamos orar.
- Adote
maneiras práticas de impedir que sua mente vagueie
- Em
vários períodos de sua vida, desenvolva, se possível, um relacionamento de
oração com um companheiro.
- Escolha
modelos, mas escolha-os bem.
Nesse estudo, ele nos apresenta mais quatro lições
importantes para nossa meditação e vida de oração:
- Desenvolva
um sistema para as suas listas de oração.
Esse sistema visa tão somente nos ajudar
a lembrar dos motivos de oração. Podemos organizar uma lista própria e associá-la
com outras publicadas para esse fim. Exemplos de listas de oração publicadas
podem ser: O livro Intercessão Mundial
(Ed. Descoberta) é um exemplo de um anuário de oração por missões mundiais. As
listas de pedidos de oração publicadas no boletim semanal da igreja é outro
muito útil.
Uma sugestão útil pode ser organizar
nossas listas de oração por prioridades pessoais e circunstanciais relacionadas
à nossa vida cotidiana.
1º) Uma lista de pessoas pelas quais devemos orar
regularmente (cônjuges, filhos, parentes, amigos íntimos).
2º) Duas instituições intimamente ligadas a nós:
Igreja e trabalho.
3º) Preocupações de curto e médio prazo:
Responsabilidades momentâneas; crises circunstanciais e momentâneas; Projetos
com prazos definidos, etc. Nomes e preocupações que podem ser acrescentados e
retirados constantemente.
4º) Pessoas pelas quais somos particularmente responsáveis:
liderados do trabalho e/ou da igreja; discípulos em treinamento cristão, etc.
5º) Pedidos e cartas de oração.
O objetivo de sistematizar não é
aumentar tarefas e depois não conseguir administrá-las, mas simplesmente
organizar a vida de oração de tal modo que ela aconteça e não cesse mais.
- Combine
Louvor, confissão e intercessão; mas quando interceder, procure ligar o máximo
de pedidos possível às Escrituras.
Dois extremos devem ser evitados aqui:
Achar que é impróprio pedir coisas a Deus uma vez que ele já sabe de tudo;
Achar que nossas orações mudam tudo, inclusive, Deus. Deus é tanto soberano
quanto pessoal e amável. Devemos adorá-lo por quem ele é e pelo que ele faz. Se
ele é soberano, sua vontade também é. A piedade repousa na submissão à vontade
Dele em todo o seu poder, não em intercessões que procuram modificar essa vontade.
Acreditar que nossas orações mudam a vontade divina é tratar a oração como mágica.
Por outro lado, a soberania divina não é
uma amordaça à intercessão. O serviço verdadeiro a Deus requer que lutemos com Deus
e nos apeguemos a ele como Jacó fez (Gn 32.26). Não interceder é fugir de
nossas responsabilidades cristãs. Nossas petições não insultam a Deus, mas
honram-no, porque ele gosta d dar suas bênçãos em resposta à intercessão do seu
povo.
Os dois extremos mencionados acima além
de não captar o equilíbrio das orações bíblicas são reducionistas em seu
tratamento de nosso relacionamento com Deus. Deus é tanto totalmente soberano
quanto Pai amoroso que tem prazer em ouvir e responder nossas orações. Vistas
dessa forma nossas petições são decisivamente apropriadas porque expõem o
verdadeiro estado das coisas. Elas nos lembram que Deus é a fonte de todo bem e
resposta, e que nós somos apenas seres humanos completamente dependentes e
necessitados de todas as coisas, mas especialmente da graça divina.
Deus, como nosso pai sábio, está mais
interessado no relacionamento com seus filhos do que meramente em dar-lhes
presentes. Essa é a ênfase bíblica que os proponentes da teologia da
prosperidade não conseguiram captar nos seus ensinos sobre a oração e as bênçãos
de Deus. O filho obediente aprenderá a desejar a presença de Deus não tanto
pelas bênçãos em si, mas pela agradável companhia dele. Por isso é extremamente
importante que oração não é magia e que Deus é tanto pessoal quanto soberano.
Há um terceiro ponto importante: Há mais
na oração do que pedir e como nós facilmente podemos escorregar para o
egocentrismo pecaminoso, devemos nos aproximar de Deus com contrição e confissão
dos nossos pecados.
Como podemos manter nossas orações no
foco apropriado na prática? Ligando-as o máximo possível às Escrituras. Um dos
elementos mis importantes na intercessão é cogitar, à luz das Escrituras, no
que Deus quer que lhe peçamos. A oração efetiva é fruto de um relacionamento
com Deus, não uma técnica de adquirir bênçãos. Nós não sabemos orar como convém,
por isso precisamos do auxílio do Espírito Santo (Rm 8.26,27).
- Se você
exerce algum tipo de liderança espiritual, exercite suas orações públicas.
Lideres devem estar atentos à suas orações
públicas porque, embora elas sejam dirigidas a Deus, outros estão ouvindo. Jesus
Cristo mesmo mostrou essa necessidade em sua oração diante do túmulo de Lázaro
(Jo 11.41,42).
Observando esse exemplo de Cristo, precisamos
estar conscientes de que (a) a oração pública deve ser o transbordamento da
oração individual. (b) A oração pública é uma oportunidade pedagógica. (c) A oração
pública é tanto uma responsabilidade quanto um privilégio. (d) Muitas facetas
do discipulado cristão são transmitidas mais efetivamente pelo exemplo do que
pelo ensino formal. Bons hábitos na oração são mais facilmente percebidos do
que ensinados.
- Ore até
que você ore.
Esse é um conselho dos puritanos que nosso tempo
precisa conhecer e aprender. Precisamos estar conscientes de que Deus não se
impressiona com a tagarelice de orações longas tanto quanto com a brevidade que
revela nossa negligência culpável. Nós devemos orar até que os nossos
sentimentos de formalidade e irrealidade sejam vencidos e transpostos. Insistir
na oração nos levará à delícia da presença de Deus, para descansar no seu amor
e apreciar sua vontade. Mesmo na angústia sombria ou agonizante, saberemos
estar diante de Deus verdadeiramente. Devemos orar até aprender a orar no Espírito,
pois é possível orarmos deslealmente na carne, não no Espírito.
Muitos de nós, quando nos propomos a orar, somos como
aqueles meninos malcriados que tocam a campainha das portas e correm antes que alguém
atenda.
Orar, aprendemos tentando, errando e acertando. Ninguém
jamais orará igual com uma comunhão igual com Deus, pois nossa relação com ele é
pessoal e única. Orar não como seguir um esquema ou uma receita de culinária,
mas “é o exercício ativo de um relacionamento pessoal, um tipo de amizade com o
Deus vivo e seu Filho Jesus Cristo e a maneira como funciona está mais sob o
controle divino do que nosso” (James I. Packer, p. 38). A única regra clara é:
Permaneça nos limites bíblicos e dentro deles ore como você pode e não como você
não pode.
Questões Para Revisão e Reflexão:
- Como podemos estabelecer princípios práticos de
conduta para as nossas orações nos próximos seis meses?
- O que é meditar em oração na palavra de Deus?
Aplicações:
- Compre um caderno ou separe uma beirada de sua
agenda para anotar pedidos de oração e interceder por eles.
- Cole na contracapa de sua Bíblia uma lista de
nomes e prioridades espirituais para a sua vida de oração em 2013.
- Comece a orar de verdade hoje, não deixe para amanhã.