Monte Tabor e Basílica da Transfiguração = Galiléia - Israel
Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO
08 = 2 Pedro 1.16-18 – O Testemunho Apostólico. (26/09/2012)
Grupo de Estudo do Centro – Fortalecendo
a Fé dos Cristãos
Liderança:
Pr. Hélio O. Silva e Sem. Rogério Bernardes.
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2 Pedro – Sermões Expositivos – D. Martin
Lloyd-Jones,PES, p. 111-121.
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Introdução:
As declarações de Pedro nesse parágrafo são
fundamentais para a apologética cristã (defesa do Evangelho para os que são de
fora da Igreja).
Visto que a preocupação de Pedro é fortalecer a fé de
cristãos em agonia e sofrimento, ele argumenta que a segunda vinda de Cristo é
a fonte de nosso consolo e segurança. Todavia, alguém pode objetar: Como
podemos ter certeza de que esses fatos prometidos são reais e vão acontecer
mesmo?
Pedro apela ao testemunho apostólico:
I.
o testemunho apostólico não é
baseado em fábulas.
®
Havias muitos mitos e fábulas escritos na época de
Pedro.
Fábulas são narrativas imaginárias fora da realidade
que encerram aplicações morais. Uma característica das fábulas é seu caráter
fantasioso, ou seja, elas se desprendem da realidade seguindo caprichos da
imaginação. Na época de Pedro havia algumas estranhas enquanto outras eram
maravilhosas; muitas até gozavam de aceitação geral, mas nenhuma era
verdadeira, pois era fruto da inteligência e imaginação humanas.
Circulavam várias interpretações alegóricas do Antigo
Testamento acrescidas de contos e fábulas judaicas. Havia inúmeros mitos,
contos e fábulas sobre diversos deuses que tinham assumido forma humana e
tinham habitado na terra (mitologia grega). Existiam vários evangelhos
apócrifos que alegavam narrar detalhes da vida de Cristo na terra (Evangelho de
Tomé, de Judas, de Pedro, de Tiago etc). Eles contêm relatos fantasiosos da
vida de Cristo que contradizem as afirmações dos Evangelhos canônicos.
II. o testemunho apostólico e a
profecia são nossas fontes de autoridade.
®
A verdadeira questão a ser debatida é: Qual a nossa
fonte de autoridade?
Pedro
aponta nesse parágrafo duas fontes: O testemunho Apostólico (v.16-18) e a
Profecia (v.19-21). Quanto ao testemunho apostólico três verdades precisam ser
esclarecidas:
a) Nossa autoridade não se baseia na natureza mais nobre
e exaltada do ensino apostólico.
A fé no evangelho não é fruto de um trabalho de
religiões comparadas que chegou a conclusão que o cristianismo é superior por
causa da nobreza de seu ensino. Outras religiões ensinam valores elevados tanto
quanto o cristianismo o faz. Não faz parte da pregação cristã detratar ou
denegrir outras visões de vida e sua cosmovisão (p.115). Nossa fé no evangelho
advém do fato de que ele é único em sua natureza.
O budismo e o islamismo possuem valores nobres e uma
ética bem definida. Os filósofos gregos clássicos, alguns contemporâneos de
Cristo disseram e escreveram de forma talentosa sobre valores e virtudes da
vida. Não temos o direito de reivindicar para o evangelho de Cristo uma
singularidade baseada unicamente em critérios éticos e morais, ainda que sejam
nobres e elevados. Muitos rejeitam o evangelho exatamente por acreditar que seu
ensino já se faz presente em outras ideologias, filosofias e religiões (Ex.
Ghandi: “_Eu sinto o mesmo prazer ao ler os Vedas que sinto ao ler a Bíblia”).
b) Nossa autoridade não se baseia na experiência pessoal ou
nas suas conseqüências positivas na vida das pessoas.
Os homens querem provar com a ciência
que milagres não podem acontecer. Muitos respondem a isso apontando para a sua
experiência pessoal como prova da veracidade do evangelho. Para Lloyd-Jones
isso é baratear o evangelho e destituí-lo de seu real poder. O Evangelho não é
verdadeiro porque nós cremos nele, mas nós cremos nele porque ele é verdadeiro.
Se basearmos nossa certeza na subjetividade de nossa experiência nos
colocaremos em pé de igualdade com todas as seitas que assim o fazem.
Todas as religiões não cristãs podem
tornar homens melhores do que eram antes. A Ciência Cristã, seitas e mesmo a
psicologia podem elaborar exercícios comportamentais que ajudem as pessoas a
serem pessoas melhores.
c) Nossa autoridade se baseia na veracidade dos fatos
testemunhados pelos apóstolos.
É vital compreendermos o caráter positivo e a natureza
da apologética cristã. A sua base é o depoimento e testemunho apostólico de
certos fatos tomados como verídicos. A base de nossa fé repousa solidamente em
certos fatos dos quais os apóstolos foram testemunhas oculares e nos relataram.
Os apóstolos expunham certos fatos que presenciaram a respeito de Jesus Cristo.
Atos 10 é um exemplo claro da importância desse fato.
Pedro testemunha a Jesus de Nazaré com quem esteve e viu realizar várias obras comuns
e milagrosas; depois foi morto numa cruz e por fim ressuscitou e foi assunto ao
céu diante e seus olhos. O testemunho apostólico é que aquele homem de Nazaré é
o Deus criador e salvador. Pedro relembra o que viu no monte da transfiguração
e a voz que ouviu testificando a filiação divina de Cristo (Lc 9).
Toda a nossa apologética está galgada no seguinte
ponto: Eu aceito ou não que a declaração de Pedro quanto à veracidade dos
relatos bíblicos? Eu creio ou não nas escrituras como sendo verdadeiras e sagradas?
Não estamos argumentando que milagres podem acontecer, mas que o testemunho
dado pelos apóstolos é verídico ou não.
Pedro
afirma que tinha estado com Cristo no dia de sua transfiguração e que tinha
ouvido a voz de Deus dizendo: “_Este é o meu Filho, Nele eu tenho toda a minha
alegria”.
Conclusão:
(1) Se acreditarmos nas filosofias modernas teremos de
negar a veracidade dos milagres e, por conseguinte, das escrituras. O evangelho
é único no sentido de que dá testemunho inequívoco dos fatos concernentes à
encarnação, vida, morte, ressurreição e ascensão de Cristo.
(2) Tornar-se cristão não significa ter tido uma
experiência e ter-se tornado uma pessoa melhor, mas se cremos nos fatos
narrados nos evangelhos e nas escrituras sobre a redenção que nos é oferecida
em Cristo, o Filho unigênito de Deus! Ou creio que são fatos e que, portanto,
operam o que afirmam, ou são fábulas, puro entretenimento religioso.
(3) A ciência nunca pode remover fatos e/ou alterar
acontecimentos ocorridos na história. Não peçamos desculpas por nossa fé
reduzindo-a a menos que é.