Hélio O. Silva = 23/05/2005.
Minha Rebelião
Foi meu desejo rebelar-me
E buscar os caminhos do meu
coração.
Voltei meu olhar para as coisas
passageiras
Amei aquilo que não permanecerá.
Isso foi como uma faca
Que penetrava aos poucos nas
minhas entranhas.
Um sangramento que não cessa.
Uma dor que não termina.
Queimando por dentro.
Como uma doença que não tem cura.
Eu quis resistir, e não voltar.
Eu quis ser forte, e não sentir.
Eu quis ser o meu próprio deus.
Não servir a ninguém
Ah! Que tola ilusão!
Então eu vi a cruz.
Como negar aquela cruz?!
Como tentar não ver o sacrifício?
Eu tentei passar adiante
Esconder o meu olhar
Mas eu só vi sombras sem luz.
Uma vez que se olha para ela,
Nada mais nos marca tão
profundamente.
A cruz nega a minha liberdade,
Pois é claramente o preço de uma
compra.
O pagamento de uma dívida.
Minha dívida.
O que é a liberdade
Diante do horror da cruz!?
Ao ver a cruz
Eu me volto para Deus.
Eu volto para Deus.
Ele é a minha liberdade!
A seus pés deposito cativa
A minha rebelião.