Eva: A Mãe de Todos os Seres Humanos
(Gênesis 3.20; 3.6; 4.1)
“E deu o homem o nome de Eva a sua
mulher,
por ser a mãe de todos os seres humanos”
(Gênesis 3.20).
Eva é dona de um privilégio singular,
de uma experiência única e jamais repetível, “ser a mãe de todos os seres humanos” (Gn 3.20). Nada poderia
enaltecer mais a sua maternidade do que isso, o fato de que toda a humanidade e
todo o bem nela existente se desenvolveriam a partir de quem ela era e o que
ela representava como a auxiliadora idônea do homem perante Deus e toda a sua
geração.
O
nome que ela recebeu não poderia ter sido mais feliz e apropriado. Eva
significa “vida, viver”. A vida é gerada no ventre de uma mulher e o nome que
ela ganha por gestá-la é “mãe”. Ser mãe é um privilégio que dignifica a mulher!
Infelizmente não é só por esse privilégio que Eva seria
reconhecida. Ela também carrega consigo um estigma terrível: Ser o primeiro ser humano a pecar (Gn
3.6; 1 Tm 2.14). Em tempos de feminismo inflamado lembrar esse fato causa o franzir
de algumas sombracelhas ou um comentário desconfiado quanto ao papel da mulher
na sociedade e na igreja. Todavia, essa constatação bíblica deve levar as mães
de nosso tempo a tomar uma posição humilde frente à sua maternidade, porque recordar
que somos pecadores nos ajuda a lembrar que nossos filhos, ainda quando
pequeninos, também são.
Entretanto,
resta-nos recordar que o livro de Gênesis tira dos lábios de Eva, tão logo se
tornara mãe, um reconhecimento perene: “Adquiri
um varão com o auxílio do Senhor” (Gn 4.1). A maternidade não tem sentido
sem a contínua obra criadora de Deus, uma vez que a cada concepção ele cria uma
nova alma junto com o corpo que se tornará mais um ser humano. Sem a obra
criadora de Deus a humanidade não se renova, e Eva entendeu isso o declarando
para a história.
Pensar isso nos leva a alguns motivos de oração,
especialmente para as mães do presente e do futuro:
Primeiro: Agradecer o privilégio de poder ser mãe. Muitas mulheres
hoje em dia não querem ser mães; outras tantas se tornam mães sem querer; de
modo que não conseguem ver o privilégio e a dignidade que Deus deu às mulheres
através da maternidade. Privilégios são dádivas que devemos agradecer sempre.
Segundo: Pedir para vencer as tentações e ser humildes diante
delas. A maternidade não tem só encanto. Tem desafios e tem inimigos, muitos
inimigos. Entender a pecaminosidade humana (nas suas expressões masculinas e
femininas) não nos torna alienistas, masoquistas, muito menos pessimistas.
Entender nossa pecaminosidade é estratégico para vivermos nossa humanidade com
sensatez, e a maternidade com eficácia bíblica.
Terceiro: Reconhecer
e viver nossa dependência de Deus para tudo, especialmente para a maternidade.
Quando Deus faz parte da família (Sl 127) ele colabora com a edificação do lar.
Davi já dizia que gerar um filho é algo “assombrosamente maravilhoso” (Sl
139.14). Que Deus derrame suas bênçãos sobre todas as mães todos os dias!
Com amor. Pr Hélio.