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11 = CHAMADOS PARA A LIBERDADE (II)

Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO
Grupo de Estudo do Centro – Graça Que Transforma
Liderança: Sem. Adair Batista.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 11 = CHAMADOS PARA A LIBERDADE (II)                                   25/04/2012
Graça Que Transforma – Jerry Bridges, ECC, p.125 - 132
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Gl 5. 1,13 = Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão... Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor.

No estudo da semana passada foram estudados alguns tópicos importantes quando se trata do estudo da liberdade cristã, a saber: O Legalismo Evangélico, A observância de regras feitas pelos homens; Cercas e Opiniões diferentes. Todos esses temas estão imbricados com a liberdade cristã. No estudo de hoje será dada a sequência de temas relacionados ao desfrute da liberdade cristã e eis o primeiro tema de hoje:  

Disciplinas espirituais Por disciplinas espirituais são entendidas as seguintes práticas:
(1) o culto pessoal regular;
(2) o estudo da Bíblia;
(3) a memorização das Escrituras;
(4) reunir-se em grupos de estudos para o estudo das Escrituras; e
(5) frequência ao culto de oração semanal.

Essas disciplinas são úteis para o nosso bem estar espiritual e não devem ser encaradas como obrigação. Devemos enxergá-las mais como privilégio do que como deveres a serem praticados. Elas não devem ser medidas de desempenho espiritual. Se as tomarmos como obrigação, estaremos nos tornando legalistas, principalmente com os nossos irmãos, e aí começamos a alcunhá-los de ”consagrados”, “mundanos”, etc.

 O uso das disciplinas espirituais deve ser incentivado, visto ser necessárias para o nosso crescimento na vida cristã e no amadurecimento cristão. A aplicação das disciplinas espirituais, devemos lembrar, são meios para um fim e não a finalidade em si. “não que tenhamos domínio sobre a vossa fé, mas porque somos cooperadores de vossa alegria; porquanto pela fé, já estais firmados (2 Co 1.24)”. Precisamos ensinar a graça antes do compromisso, conforme Rm 6, porque a graça compreendida e assumida sempre conduzirá ao compromisso, entretanto o compromisso exigido, sempre redundará em legalismo.

 O que pensam os outros
Devemos viver nossa vida de forma a gozarmos a liberdade que adquirimos em Cristo, despreocupados do que os outros venham a pensar ou do julgamento que eventualmente venham a fazer de nós e das nossas atitudes. Esta é uma lição difícil de ser aprendida. Se você decide gozar o prazer de sua liberdade em Cristo, você precisa saber a quem quer agradar: aos homens ou a Deus.

Paulo nos pergunta em Gl 1.10:”Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo”. Isto não quer dizer que vamos bater de frente com o que as pessoas pensam. Somos chamados para sermos um Corpo. Todavia, no final das contas, somos responsáveis perante Deus, não perante outras pessoas. Ele nos coloca como lhe apraz dentro do Corpo. Somos tratados como indivíduos, em circunstâncias feitas especialmente para o nosso crescimento, amadurecimento e ministério. Somos chamados a aprender a permitir que os outros sejam livres.  

Controladores
São pessoas que não querem deixar você viver viva a vida diante de Deus de acordo com o que você acha que Ele o orienta. Elas têm todas as questões estabelecidas e opiniões sobre cada uma delas. Elas insistem em fazer você viver de acordo com as regras e opiniões delas.

Temos de resistir a essas pessoas não permitindo que subvertam a liberdade que temos em Cristo. “A vigilância eterna é preço da liberdade”. Liberdade e graça são dois lados da mesma moeda. Não podemos gozar uma sem a outra. Se queremos efetivamente viver pela graça, temos de nos postar firmes na liberdade que é nossa em Cristo Jesus.  

Servindo uns aos outros em amor
Gl 5.13: “porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros pelo amor”. O cap. 6 de Romanos mostra-nos que a graça de Deus oferece o único motivo para obedecermos aos mandamentos. Essa obediência só é verdadeira quando surge do amor a Deus e da gratidão por sua graça.

A lei moral de Deus, exposta no cap. 7 direciona o nosso amor. Se realmente desejo expressar o meu amor a ele, preciso saber como fazê-lo apropriadamente.

O cap. 8 afirma que embora a lei nos dê direção, não nos capacita a obedecê-la. Deus ao nos libertar do pecado e nos levar ao seu reino, proveu o poder em Cristo através do Espírito Santo. Deu-nos o motivo certo, a regra certa e o poder para vivermos uma vida de amor. Só podemos amar o próximo quando temos a convicção do amor de Deus incondicional, baseado unicamente no mérito de Cristo e não no nosso desempenho. “Nós amamos porque ele nos amou primeiro (1 Jo 4.19)”. O nosso amor por Deus ou pelo próximo, só pode ser resposta ao seu amor por nós.

 Cinco palavras a ser mantidas na mente com relação aos outros: lei, liberdade, amor, licenciosidade e legalismo. Quando se enfoca a graça em toda a plenitude do seu significado, você manterá a lei, a liberdade e o amor dentro de um relacionamento correto.

Mas se enfocar um deles sem a graça, acabará caindo no pântano do legalismo ou da licenciosidade. Lembre-se, não existe graça barata para Deus. Você a recebeu incondicionalmente livre e graciosa, porém à Deus ela custou um preço altíssimo: a morte do seu próprio Filho.  

Conclusão
As Escrituras afirmam que somos livres para vivermos nossas vidas. Entretanto, devemos lembrar que se gostamos e queremos viver em liberdade, isto se aplica também aos nossos semelhantes. Devemos ter bem claro que essa liberdade deve ser exercida com amor e submissão à Palavra de Deus.  

Aplicações
O primeiro tema (as disciplinas espirituais) requer de nós que saibamos a quem queremos servir e agradar, se a Deus ou aos homens. Paulo deixou bem claro que se servimos e agradamos aos homens, não somos servos de Deus.

As disciplinas espirituais nos ajudam a crescer e a amadurecer espiritualmente, todavia, precisamos usar este crescimento e amadurecimento de forma positiva em relação a nós e aos nossos irmãos, para o serviço do Senhor. Devemos gozar a liberdade que o Senhor nos deu, independente da opinião dos outros.

A liberdade deve ser exercida com responsabilidade, caso contrário, será uma algema que brilha ao sol, mas será sempre uma forma de escravidão e servidão. Todos iremos prestar contas dos nossos atos perante Deus.

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