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06 = Compelidos Pelo Amor


Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO
Grupo de Estudo do Centro – Graça Que Transforma
Liderança: Sem. Adair Batista.
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06 = Compelidos Pelo Amor 22/03/2012
Graça Que Transforma – Jerry Bridges, ECC, p. 73-85.
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GRAÇA QUE TRANSFORMA

“Viver pela graça e não pelas obras significa que se está livre dos esforços pelo desempenho”.
Na semana passada no estudo que fizemos sobre “Os trabalhadores na vida”, ficaram definidos os seguintes pontos básicos decorrentes do ensino da parábola: a) Deus é soberano: “Ele dispõe todas as coisas conforme a sua vontade”; b) Ele exerce sua graciosa generosidade conforme o seu alvitre: “Ele abençoa quem Ele quer, quando quer e como quer”.
Aplicação do estudo: Ele espera que seus filhos vivam sob sua dependência, isto é, vivam pela graça e não dependentes dos próprios méritos. Quem tem méritos para com Deus é Cristo. Isto não quer dizer que deixemos de lado as disciplinas espirituais, a obediência e o sacrifício, por mais imperfeitos que sejam. “Se aprendêssemos a basear todos os nossos pedidos nos merecimentos de Jesus Cristo, em vez dos nossos méritos, aprenderíamos a alegria de viver pela graça e não pelo nosso esforço”.

COMPELIDOS PELO AMOR (2 Co 5.14,15)

Deus nos aceita pelos merecimentos de Cristo;
Deus nos abençoa pelos merecimentos de Cristo;
Deus nos ama estritamente por causa da sua graça, que nos foi dada mediante Jesus Cristo.

Mau entendimento da graça
- abuso da graça transformando-a em libertinagem;
- negação da soberania e senhorio de Cristo (Jd 4);
- permanecendo no pecado (Rm 6.1);
- uso da liberdade para dar lugar à natureza pecaminosa (Gl 6.13).

Paulo reconhecia os problemas do ensino da graça de Deus;
A graça não nos exime de vivermos com disciplina e obediência.

Solução para o problema: sermos dominados pela magnificência e generosidade da graça de Deus, à qual respondemos com gratidão e não por sentimento de dever. Comprometer-nos com o senhorio de Cristo em todas as áreas da vida, não por obrigação mas simplesmente por gratidão. Rm 12.1

A graça de Deus não depende do nosso suor, sangue e lágrimas.
Apresenteis vosso corpo  dedicação decisiva
Sacrifício vivo  dedicação permanente.
Obediência a Deus feita por obrigação (legalismo) não O agrada (Is 1.11-14)
Motivações orientadas por obras são essencialmente egoístas. Somos chamados a viver sob a graça de Deus e essa atitude nos liberta dessa motivação egoísta (2 Co 8.9).

Constrangidos pelo amor

“Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou (2 Co 5. 14,15)”.

Assunto principal: compromisso com o senhorio de Cristo em todas as áreas da nossa vida.
Constranger = coagir, forçar, pressionar (negativo); impelir, motivar, compelir (positivo).
Quando Paulo escreve este verso, ele quer dizer que o amor de Cristo, ao invés de coagi-lo, forçá-lo, fazia com que ele fosse motivado durante todo o tempo; ele era motivado, compelido, impelido a viver por Aquele que morreu por ele e ressuscitou.
O roubo, a imoralidade, o assassinato, a bebedeira são pecados grosseiros, enquanto a impaciência, a atitude crítica, o espírito julgador, o egoísmo, o orgulho são pecados refinados, e ao alcance de todos nós. Pensemos por um pouco. Sem o sacrifício de Cristo, esses pecados refinados poderiam nos mandar para o inferno, embora nunca tivéssemos praticado qualquer daqueles que chamamos de grosseiros. “Bem-aventurados aqueles cujas iniquidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos; bem aventurado o homem a quem o Senhor jamais imputará pecado.(Rm 4.7,8).

Reverência a Deus
José deixou de cometer adultério com a mulher de Potifar por reverência a Deus. Ele se preocupou com a desobediência a um Deus santo e soberano. “[...] como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus(Gn 39.9)”. Paulo combina dois sentimentos – gratidão e reverência – para escrever à igreja de Corinto (Tendo, pois ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus(2 Co 7.1)”.
Deus é digno da minha obediência por amor por quem ele é, não pelo que faz.

Crescer na graça
Crescer na graça tem sido entendido como indicador de crescimento quanto ao caráter cristão. Esse entendimento tem os seus méritos, entretanto, um significado mais exato é o de crescer continuamente no entendimento da graça de Deus, aplicada á nós, tornando-nos mais conscientes da nossa falência espiritual e o favor imerecido de Deus. À medida que crescemos na graça, crescemos na motivação para obedecer a Deus, desenvolvemos um sentimento de gratidão a Deus e de temor reverente por Ele.

Aplicação:
Se os seus motivos têm sido em grande parte orientados pelos merecimentos, não se preocupe. Comece agora a se dirigir aos motivos de graça. Pense diariamente sobre as implicações da graça de Deus na sua vida. Ore, pedindo que Deus o motive pela sua misericórdia e pelo seu amor. Ao reconhecer motivos orientados por merecimentos em você, renuncie a eles e apegue se na graça de Deus e nos méritos de Jesus Cristo. Você verá, ao viver dessa maneira, que realmente o amor de Cristo o constrange a viver, não para si mesmo, mas por aquele que morreu e ressuscitou por nós.

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