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04 = O Proprietário Generoso (Sem. Rogério Bernardes)


Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO
Grupo de Estudo do Centro – Graça Que Transforma
Liderança: Pr. Hélio O. Silva e Sem. Rogério Bernardes.
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04 = O Proprietário Generoso. 29/02/2012
Graça Que Transforma – Jerry Bridges, ECC, p. 47-60.
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Introdução:
A parábola dos trabalhadores na vinha (Mt 20:1-16).
Na cultura trabalhista da época, os trabalhadores precisavam do dinheiro do dia para alimentar a família. Por isso, os proprietários eram instruídos a pagar ao jornaleiro o seu salário no dia (Dt 24:15).

O trabalhador precisava trabalhar todos os dias para que sua família fosse suprida e ele pudesse cumprir com suas obrigações. Os trabalhadores da undécima hora receberam o tanto que eles precisavam para suprir as suas necessidades, não somente o tanto que eles haviam trabalhado. O proprietário pagou de acordo com a sua graça e não de acordo com o trabalho deles. Ele os contratou, não porque ele precisasse, mas por causa das necessidades deles. Deus nos chama para servi-lo, não porque ele precise de nós, mas porque nós precisamos dele. A sua recompensa pelo nosso trabalho sempre é desproporcional aos nossos esforços.

Isso retrata bem o nosso Deus, como diz Paulo: “aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” (Rm 8:32). Nenhuma benção que recebemos se compara ao dom do filho de Deus que veio morrer por nós. Na cruz, Deus demonstrou a sua graciosa generosidade até as últimas conseqüências. Isso nos alegra o coração para esperar de Deus qualquer outra coisa, pois se ele nos deu o que é de mais precioso, certamente não nos negará outras menores.

I. DEUS É GRACIOSO E GENEROSO.
A Bíblia nos retrata um Deus gracioso e generoso que não vincula o seu favor àquilo que merecemos. Isso fica claro, pois essa graciosidade e essa generosidade existiam antes da queda bem como depois dela.

Quando Deus criou o homem, fez para ele coisas maravilhosas (Gn 2:9,18). Isso foi antes de o homem pecar. Mas, mesmo depois de pecar, o homem continuou sendo agraciado por Deus (Gn 3:21; 4:1).

Deus age dessa maneira porque a sua bondade não depende de nada além dele mesmo. Bondade, não é simplesmente aquilo que ele faz, mas sim, aquilo que ele é. Por isso Jesus disse ao jovem rico: “Ninguém é bom senão um, que é Deus” (Mc 10:18).

II. DEUS SE DELEITA EM FAZER O BEM.
No capítulo anterior foi mencionada a atitude de Deus lançar o nosso pecado para trás de si, ou seja, colocar fora de sua visão. Deus lançou nossos pecados para fora de seu campo visual. Deus não leva mais em conta a nossa desobediência proposital ou o nosso desempenho manchado (p.40) porque em vez disso ele vê a justiça de Cristo colocada sobre nós (imputada). Isso não significa que Deus ignore nossas faltas como um pai indulgente. Ao tratar-nos como filhos em Cristo não nos pune com a condenação eterna, mas nos corrige para o nosso bem, por isso somos filhos e não bastardos (Rm 8.1; Hb 12.7,8).

O fato de passarmos por situações de sofrimento, não significa que Deus seja ruim, ou vingador. Tudo o que Deus faz é para o bem (Rm 8:28).
Em Jeremias 32:38-41, chama-nos atenção um palavra, “bem”. Deus diz que o propósito dele é fazer-nos bem, para seu bem e o bem de seus filhos. Ele não deixará de fazer o bem (e isso não depende de nós, mas unicamente e exclusivamente dele, ou mais especificamente, da aliança que ele fez com o seu povo). A segurança de recebermos bênçãos de Deus está na aliança.

É maravilhoso pensar que Deus faz o bem para o seu povo, depois olha pra ele e se alegra e por isso lhe continua a fazer o bem, “Alegrar-me-ei por causa deles e lhes farei bem...”
Outro aspecto da boa disposição de Deus é a abundância da sua bondade (Jl 2:25). É surpreendente a generosidade de Deus neste texto, pois ele não limita a sua promessa à mera restauração da produtividade anterior da terra, pelo contrário, ele diz que restituirá os anos devorados pelo gafanhoto, anos que eles mesmos haviam entregado ao juízo de Deus.

III. DEUS CONCEDE TODA GRAÇA.
Nós já falamos sobre Deus recompensar o nosso trabalho, não de forma proporcional, mas sim desproporcional, pois não é segundo o nosso trabalho, mas segundo a sua graça, que ele nos recompensa. Isso não é só em relação ao que fazemos de bom, mas também ao que fazemos de mal. Jerry Bridges mostra como Pedro era um homem falho e quantos erros cometera. O mesmo Pedro que foi o principal porta-voz dos apóstolos no dia de Pentecostes, o mesmo a quem Deus escolheu para pregar quando abriu a porta de salvação para os gentios (At 10:34-44), o mesmo que fez a declaração decisiva no concílio de Jerusalém que mudou a maré contra os crentes fariseus (At 15:6-11). É por ter vivido tudo isso que Pedro declara em sua primeira carta “O Deus de toda graça” (1Pe 5:10). E exorta em sua segunda carta “crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador...” (2Pe 3:18). Pedro tinha experiência do que Paulo escreveu em Rm 5:20 “onde abundou o pecado, superabundou a graça”.

Deus abençoou a Pedro, não apesar dos seus pecados, mas sem levar em conta os seus pecados. É desse modo que opera a graça de Deus. Ela não olha para nossas obras, nem positivas nem negativas, mas somente para os méritos de Cristo.

IV. DEUS DERRAMA BENÇÃO SOBRE BENÇÃO.
É como se as bênçãos de Deus fossem as ondas do mar quebrando na praia. Uma onda mal acaba de desaparecer quando outra se aproxima.

Às vezes, depois de passarmos por um longo período de satisfação pessoal, com grandes motivos visíveis para sorrir, pensamos que Deus deixou de nos abençoar porque não conseguimos perceber a graça sendo derramada mesmo em momentos obscuros. Mas Deus diz que...

CONCLUSÃO
Tudo quanto pedimos a Deus nunca será demais! Podemos pedir errado (Tg 4:3), mas se pedirmos corretamente (Jo 14:13,14; 16:24) jamais pediremos demais. O apóstolo Paulo disse que Deus “nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo” e “o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (Ef 1:3; Fp 4:19). O que precisamos fazer não é trabalhar para recebermos proporcionalmente o que supomos merecermos, mas sim, sabermos receber de Deus, com gratidão, aquilo que ele bondosamente está nos dando desproporcionalmente ao que temos feito.

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