Retirada da internet sem menção do autor.
Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO
Grupo de Estudo do Centro – Uma Fé Mais Forte Que As Emoções
Liderança: Pr. Hélio O. Silva e Sem. Rogério Bernardes.
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Exposição 06 = Sinais Falsos dos Verdadeiros Afetos Religiosos (1) 14/09/2011
Uma Fé Mais Forte Que As Emoções – Jonathan Edwards (p. 68-80)
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Nos três estudos passados Edwards mostrou que a verdadeira religião consiste em larga escala de afetos. Ele fez 10 observações:
1. A verdadeira religião consiste, em larga escala, de fortes inclinações e vontade.
2. Os afetos motivam os atos humanos.
3. Questões religiosas só nos interessam até o ponto em que nos afetam.
4. As sagradas escrituras enfatizam os afetos.
5. O amor é o afeto principal.
6. Afetos santos caracterizam os santos da Bíblia.
7. O Senhor Jesus Cristo tinha o coração extremamente sensível e afetuoso.
8. A religião do céu consiste em grande parte de afeto.
9. Os decretos e deveres de Deus são meio e expressão da verdadeira religião.
10. Dureza de coração é pecado.
Na parte 2 de seu livro Edwards mostra como os afetos religiosos podem ser avaliados erradamente por nós. São 12 sinais. Nesse primeiro estudo trataremos dos quatro primeiros:
Da mesma forma que não podemos rejeitar todas as experiências emocionais com relação à fé como falsas também não podemos concluir que todas as pessoas que têm experiências religiosas “tocantes” possuem a graça de Deus ou estejam debaixo da ação salvadora do Espírito Santo (p.69). Nossas experiências espirituais não podem ser julgadas verdadeiras se partirmos de evidências falsas.
1. A intensidade dos afetos religiosos não é evidência de que sejam verdadeiros.
Experiências fortes e vivas não provam que as experiências religiosas sejam verdadeiras ou não. Não se deve condenar uma experiência religiosa cristã como falsa somente porque foi intensa. Se isso é verdade, então devemos deixar de obedecer ao mandamento bíblico de amar intensamente a Deus (Dt 6.5) e aos irmãos (I Pe 2.2) ou o de odiar o pecado e resisti-lo até ao sangue (Hb 12.4). Em 1 Pe 1.8 o texto fala de uma alegria indizível (intensa). O mesmo pode ser visto em Mateus 5.12 e no Salmo 68.3. As escrituras expressam freqüentemente desejos espirituais intensos com uma ampla variedade de expressões fortes que conhecemos (Sl 21.1; 42.1; 63.3-7; 71.23; 119.136). Da mesma forma quanto à vida na glória eterna. Condenar o entusiasmo e presumir que o afeto não passa de emoção é um grande erro desnecessário.
Todavia, o oposto também é verdadeiro, a intensidade dos afetos não constitui evidência de uma experiência religiosa verdadeira. Isso também é claro nas escrituras. Paulo temia que a exultação inicial dos gálatas desse em nada (Gl 4.11,15). Os filhos de Israel n o deserto viveram muitas experiências espirituais intensas, mas mesmo assim mantinham-se rebeldes diante de Deus (a travessia do Mar Vermelho[Ex 15.1-21]; a recepção da Lei no Monte Sinai [Ex 19.8], etc). A narrativa bíblica é clara o mostrar que o entusiasmo passava rapidamente. A multidão que saldou Cristo em sua entrada triunfal em Jerusalém pediu a sua crucificação uma semana depois (Jo 12.18). Logo, a intensidade da emoção durante uma experiência religiosa não garante a sua genuinidade.
2. Afetos físicos não são evidência dos verdadeiros afetos religiosos.
O fato de haver grande comoção física (lágrimas, quedas, dores; risos) não é uma evidência segura da verdade de uma experiência religiosa verdadeira. Todos os afetos influenciam de alguma forma o nosso corpo. O homem é corpo e alma e ambas estão envolvidos em nossas experiências religiosas sempre. É fato bíblico que uma experiência intensa com Deus possa levar a um desmaio, mas o oposto também é verdade. Mas a escritura também nos alerta da fraqueza de nossa carne quando o assunto é servir a Deus intensamente (Mt 26.41; I Co 15.43,50). A manifestação da glória divina pode afetar profundamente o corpo humano (Sl 63.1; 84.2; 119.120; Hb 3.16). Daniel ficou sem forças diante de Deus (Dn 10.8) e João caiu a seus pés (Ap 1.17). A escritura fala de tremor (Sl 119.120; Ed 9.4); suspirar (Sl 84.2); palpitações (Sl 38.10) e desfalecimento (Sl 119.81).
Fica evidente que a argumentação de Edwards é confusa nessa parte. Todavia o que precisa ficar evidente é sua preocupação de resguardar a integridade do grande reavivamento que estava em curso em sua época de exageros de ambos os lados (Veja a nota de Genuina Experiência Espiritual, PES, p. 40).
3. Fluência e fervor ao falar não são evidência dos afetos verdadeiros.
Para muitos falar com fluência soa farisaísmo e hipocrisia; por outro lado, muitos são propensos a aceitar como verdadeiro um testemunho só porque foi dado de forma fervorosa. Agir dessa forma é tolice e confiar demais na evidência. É preciso discernimento para julgar emoções. A boca pode evidenciar tanto a verdade quanto a falsidade do coração (Jr 17.7; Mt 12.34). O entusiasmo pode não passar de emocionalismo passageiro e empolgação, nada mais. Falar muito do próprio testemunho pode incorrer na ilustração de Cristo ao condenar a figueira cheia de folhas, mas sem nenhum fruto. Ela não serve para nada. O testemunho pomposo é como a nuvem sem chuva (Pv 25.14). A pompa e a visibilidade estão ligados à falsa religião farisaica e não ao cristianismo.
4. Emoções impostas não são evidências de afetos verdadeiros.
Afetos verdadeiros vêm de experiências reais com o Espírito Santo, e são por este produzidos, em nós, naturalmente. Eles não resultarão do esforço da própria pessoa, porque são dádivas e não conquistas. É irracional supor que alguém pretenda receber a influência salvadora do Espírito Santo enquanto negligencia o aprimoramento dos meios indicados pela graça de Deus na sua vida pessoal.
É claro que as ações do Espírito para salvar as pessoas podem ser variadas quanto ao tempo, forma e duração de uma pessoa para outra, mas fica claro que o poder operante é diferente e maior que os poderes humanos ordinários.
A experiência da salvação é algo tão poderoso que a escritura a define como um “novo nascimento” (Jo 3.5,8). Paulo fala em Efésios da ação quádrupla do poder de Deus na vida dos cristãos (Ef 1.19) que difere de qualquer experiência produzida por ações humanas. Dizer que a única forma de Deus agem em nós é através de nossos próprios sentimentos é tanto irracional como testemunhar contra as escrituras. Todavia é também ingênuo ser crédulo quanto a testemunhos construídos apontando como evidência o próprio testemunho. A escritura nos exorta a provar os espíritos para ver se de fato são de Deus (I Jo 4.1).
Conclusão parcial:
1. Não devemos ser crédulos e movidos por aparência.
2. Precisamos estar atentos a todos os testemunhos bíblicos.
3. Precisamos ser menos românticos e mais realistas quanto às manifestações do poder de Deus.
4. Precisamos pesar as evidências seguindo as escrituras.
Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO
Grupo de Estudo do Centro – Uma Fé Mais Forte Que As Emoções
Liderança: Pr. Hélio O. Silva e Sem. Rogério Bernardes.
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Exposição 06 = Sinais Falsos dos Verdadeiros Afetos Religiosos (1) 14/09/2011
Uma Fé Mais Forte Que As Emoções – Jonathan Edwards (p. 68-80)
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Nos três estudos passados Edwards mostrou que a verdadeira religião consiste em larga escala de afetos. Ele fez 10 observações:
1. A verdadeira religião consiste, em larga escala, de fortes inclinações e vontade.
2. Os afetos motivam os atos humanos.
3. Questões religiosas só nos interessam até o ponto em que nos afetam.
4. As sagradas escrituras enfatizam os afetos.
5. O amor é o afeto principal.
6. Afetos santos caracterizam os santos da Bíblia.
7. O Senhor Jesus Cristo tinha o coração extremamente sensível e afetuoso.
8. A religião do céu consiste em grande parte de afeto.
9. Os decretos e deveres de Deus são meio e expressão da verdadeira religião.
10. Dureza de coração é pecado.
Na parte 2 de seu livro Edwards mostra como os afetos religiosos podem ser avaliados erradamente por nós. São 12 sinais. Nesse primeiro estudo trataremos dos quatro primeiros:
Da mesma forma que não podemos rejeitar todas as experiências emocionais com relação à fé como falsas também não podemos concluir que todas as pessoas que têm experiências religiosas “tocantes” possuem a graça de Deus ou estejam debaixo da ação salvadora do Espírito Santo (p.69). Nossas experiências espirituais não podem ser julgadas verdadeiras se partirmos de evidências falsas.
1. A intensidade dos afetos religiosos não é evidência de que sejam verdadeiros.
Experiências fortes e vivas não provam que as experiências religiosas sejam verdadeiras ou não. Não se deve condenar uma experiência religiosa cristã como falsa somente porque foi intensa. Se isso é verdade, então devemos deixar de obedecer ao mandamento bíblico de amar intensamente a Deus (Dt 6.5) e aos irmãos (I Pe 2.2) ou o de odiar o pecado e resisti-lo até ao sangue (Hb 12.4). Em 1 Pe 1.8 o texto fala de uma alegria indizível (intensa). O mesmo pode ser visto em Mateus 5.12 e no Salmo 68.3. As escrituras expressam freqüentemente desejos espirituais intensos com uma ampla variedade de expressões fortes que conhecemos (Sl 21.1; 42.1; 63.3-7; 71.23; 119.136). Da mesma forma quanto à vida na glória eterna. Condenar o entusiasmo e presumir que o afeto não passa de emoção é um grande erro desnecessário.
Todavia, o oposto também é verdadeiro, a intensidade dos afetos não constitui evidência de uma experiência religiosa verdadeira. Isso também é claro nas escrituras. Paulo temia que a exultação inicial dos gálatas desse em nada (Gl 4.11,15). Os filhos de Israel n o deserto viveram muitas experiências espirituais intensas, mas mesmo assim mantinham-se rebeldes diante de Deus (a travessia do Mar Vermelho[Ex 15.1-21]; a recepção da Lei no Monte Sinai [Ex 19.8], etc). A narrativa bíblica é clara o mostrar que o entusiasmo passava rapidamente. A multidão que saldou Cristo em sua entrada triunfal em Jerusalém pediu a sua crucificação uma semana depois (Jo 12.18). Logo, a intensidade da emoção durante uma experiência religiosa não garante a sua genuinidade.
2. Afetos físicos não são evidência dos verdadeiros afetos religiosos.
O fato de haver grande comoção física (lágrimas, quedas, dores; risos) não é uma evidência segura da verdade de uma experiência religiosa verdadeira. Todos os afetos influenciam de alguma forma o nosso corpo. O homem é corpo e alma e ambas estão envolvidos em nossas experiências religiosas sempre. É fato bíblico que uma experiência intensa com Deus possa levar a um desmaio, mas o oposto também é verdade. Mas a escritura também nos alerta da fraqueza de nossa carne quando o assunto é servir a Deus intensamente (Mt 26.41; I Co 15.43,50). A manifestação da glória divina pode afetar profundamente o corpo humano (Sl 63.1; 84.2; 119.120; Hb 3.16). Daniel ficou sem forças diante de Deus (Dn 10.8) e João caiu a seus pés (Ap 1.17). A escritura fala de tremor (Sl 119.120; Ed 9.4); suspirar (Sl 84.2); palpitações (Sl 38.10) e desfalecimento (Sl 119.81).
Fica evidente que a argumentação de Edwards é confusa nessa parte. Todavia o que precisa ficar evidente é sua preocupação de resguardar a integridade do grande reavivamento que estava em curso em sua época de exageros de ambos os lados (Veja a nota de Genuina Experiência Espiritual, PES, p. 40).
3. Fluência e fervor ao falar não são evidência dos afetos verdadeiros.
Para muitos falar com fluência soa farisaísmo e hipocrisia; por outro lado, muitos são propensos a aceitar como verdadeiro um testemunho só porque foi dado de forma fervorosa. Agir dessa forma é tolice e confiar demais na evidência. É preciso discernimento para julgar emoções. A boca pode evidenciar tanto a verdade quanto a falsidade do coração (Jr 17.7; Mt 12.34). O entusiasmo pode não passar de emocionalismo passageiro e empolgação, nada mais. Falar muito do próprio testemunho pode incorrer na ilustração de Cristo ao condenar a figueira cheia de folhas, mas sem nenhum fruto. Ela não serve para nada. O testemunho pomposo é como a nuvem sem chuva (Pv 25.14). A pompa e a visibilidade estão ligados à falsa religião farisaica e não ao cristianismo.
4. Emoções impostas não são evidências de afetos verdadeiros.
Afetos verdadeiros vêm de experiências reais com o Espírito Santo, e são por este produzidos, em nós, naturalmente. Eles não resultarão do esforço da própria pessoa, porque são dádivas e não conquistas. É irracional supor que alguém pretenda receber a influência salvadora do Espírito Santo enquanto negligencia o aprimoramento dos meios indicados pela graça de Deus na sua vida pessoal.
É claro que as ações do Espírito para salvar as pessoas podem ser variadas quanto ao tempo, forma e duração de uma pessoa para outra, mas fica claro que o poder operante é diferente e maior que os poderes humanos ordinários.
A experiência da salvação é algo tão poderoso que a escritura a define como um “novo nascimento” (Jo 3.5,8). Paulo fala em Efésios da ação quádrupla do poder de Deus na vida dos cristãos (Ef 1.19) que difere de qualquer experiência produzida por ações humanas. Dizer que a única forma de Deus agem em nós é através de nossos próprios sentimentos é tanto irracional como testemunhar contra as escrituras. Todavia é também ingênuo ser crédulo quanto a testemunhos construídos apontando como evidência o próprio testemunho. A escritura nos exorta a provar os espíritos para ver se de fato são de Deus (I Jo 4.1).
Conclusão parcial:
1. Não devemos ser crédulos e movidos por aparência.
2. Precisamos estar atentos a todos os testemunhos bíblicos.
3. Precisamos ser menos românticos e mais realistas quanto às manifestações do poder de Deus.
4. Precisamos pesar as evidências seguindo as escrituras.