Eu sei que estás ai.
Também sei que estás aqui.
Do silêncio me perscruta
E penetras meu coração.
Não há escudo que te impeças de chegar a mim;
Não há sombras;
Não há paredes;
Porque simplesmente estás aí
E permaneces ao redor de mim.
Eu não quero fugir do teu olhar
Eu não quero que deixes de me olhar.
Mas, oh! O que vou fazer diante de ti?
Pois estou nu e sei que não é no escuro.
Se eu grito ou se sussurro,
Qual a diferença para ti?
Pois sei que estás ai
E que vais ficar aqui; sempre é assim.
Meu desespero é o meu coração sujo
Minha agonia é a tua luz pura que me ilumina
E este amor imenso que não sei compreender.
A hesitação de minha entrega total;
A resposta à pergunta crucial:
Quando me invadirás com a graça imerecida?
Quando me tomarás definitivamente nas tuas mãos?
Diante ti eu permaneço em graça e juízo.
Diante de ti eu grito e festejo.
Diante ti eu permaneço com as mãos estendidas
E também desarmado
Para morrer e também viver; reviver!
Oh! Cubra-me com o sangue precioso do cordeiro santo!
Oh! Sê propício a mim pecador.