Pular para o conteúdo principal

Juízes 9. 1-21 = Perspectivas Cristãs na Política - 03/10/2010.



Perspectivas Cristãs na Política (Jz 9.1-21)

Hoje vamos às urnas para mais um pleito político. A campanha política de Abimeleque nos ensina algumas posturas que devem ser observadas ao se falar em apoio político a algum candidato, o desenvolvimento de suas campanhas e o resultado colhido na vida prática pelas posturas políticas equivocadas e galgadas através da corrupção.

1º) É preciso observar os tipos de articulação política que eles seguem em suas campanhas (v.1-6).
Existe oportunismo que sufoca idéias ou há interesse genuíno no bem da população (v.1). Suas propostas são para si mesmos ou para governar com retidão? (v.2). Suas propostas tentam colocar a paixão antes da razão? (v.3). A sua equipe de trabalho político é formada por homens levianos ou homens de bem? (v.4). A renda de sua campanha procede do trabalho honesto ou de um “templo pagão”? (v.4).

2º) É preciso observar o caráter dos políticos candidatos (v. 7-15).
O candidato deixa de ser quem sempre foi a troco do poder? (v.9, 11, 13). O candidato honra a confiança que nele é depositada? (v.9,13). O candidato vive trocando suas opiniões partidárias a cada pleito? (v.11). O candidato vê o poder como um fim em si mesmo? (v.15). Se o poder muda o sabor da personalidade e dos relacionamentos, ele não é digno. O poder deve refletir a personalidade e não o contrário. Candidato que é uma coisa antes e outra depois da eleição, não deve ser reeleito. Candidatos que vivem mudando suas idéias ao gosto de cada pleito devem ser descartados.

3º) É preciso observar quais as conseqüências do apoio a um candidato político v. 16-21.
Somos merecedores dos seus atos de governo (v.16-9). Sofremos com os seus atos de desgoverno (v.20). Se seus atos forem bons, haverá alegria e crescimento. A escolha errada produzirá sofrimento e castigo; além de estagnação; leis injustas, aumento das desigualdades sociais etc.

Conclusão:
Pode haver muitos Abimeleques no governo, mas eles não estariam lá se não houvessem muitos homens como os moradores de Siquém, que lhe emprestaram apoio por meio do seu voto. Querendo resolver necessidades imediatas amargaram três anos (v.22) de um governo ruim, que terminou numa revolução civil e na tragédia pessoal de Abimeleque (v. 5, 23 e 24). Deve haver sinceridade na escolha (v 16,19). Uma eleição que exija o massacre dos outros concorrentes não é digna de Deus, pois Deus é soberano e tomará castigo de todo procedimento pecaminoso (v. 5, 23 e 24). O tempo revelará as verdadeiras intenções (v. 22-24). Não esqueçamos que aleivosidade é agir com fingimento.

Assim, que não haja entre nós:
1. Quem vote naquele que está em primeiro lugar nas pesquisas só para não perder o seu voto, mas vote porque confia nas propostas do candidato escolhido. Você não perde o voto porque perde a eleição, vote perde o voto porque vota mal.

2. Quem acredita naquele que rouba, mas faz, pois será cúmplice do seu roubo e também participante do seu castigo. Vote em quem não rouba, e que por isso pode fazer muito mais.

3. Quem troque o seu voto por um mero favor político de ocasião, que certamente excluirá outra pessoa de ser atendida por estar em maior necessidade e trará o castigo de Deus sobre si e sobre a nação.
Com amor, Pr. Hélio de Oliveira Silva

Postagens mais visitadas deste blog

A Armadura de Deus (1ª parte) - Efésios 6.14-17

Pastoral: A Armadura de Deus (Efésios 6.14-17) Por que muitos crentes ignoram os ensinamentos bíblicos quanto à armadura de Deus? Porque muitos crentes conhecem pouco da Palavra de Deus, outros tantos duvidam da visível atuação de Deus, muitos a ignoram, outros porque julgam ser um exagero de Paulo na sua linguagem, outros acham que essa época já passou, alguns por pura negligência mesmo, e outros mais, por causa de já terem sofrido tantas derrotas que já estão praticamente inutilizados em sua espiritualidade pelo inimigo.   Por outro lado, há daqueles que estão lutando desesperadamente, mas com as armas que não são bíblicas.      A exortação de Paulo é para que deixemos de ser passivos e tomemos posse das armas espirituais que em Cristo Deus coloca à nossa disposição. É a armadura de Deus que nos permitirá resistir no dia mal, conduzir-nos à vitória e garantir a nossa permanência inabalável na fé.           Paulo não está falando de armas físicas que dev

O Uso da Sarça Como Símbolo da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB)

O Uso da Sarça Como Símbolo da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) O artigo da Wikipedia sobre a sarça ardente ("Burning bush") informa que ela se tornou um símbolo popular entre as igrejas reformadas desde que foi pela primeira vez adotada pelo huguenotes em 1583, em seu 12º sínodo nacional, na França. O lema então adotado, "Flagor non consumor" ("Sou queimado, mas não consumido") sugere que o símbolo foi entendido como uma referência à igreja sofredora que ainda assim sobrevive. Todavia, visto que o fogo é um sinal da presença de Deus, aquele que é um fogo consumidor (Hb 12.29), esse milagre parece apontar para um milagre maior: o Deus gracioso está com o seu povo da aliança e assim ele não é consumido. O atual símbolo da Igreja Reformada da França é a sarça ardente com a cruz huguenote. A sarça ardente também é o símbolo da IP da Escócia (desde os anos 1690, com o lema "Nec tamen consumebatur" - E não se consumia), da IP da Irlanda

21 = Oração Pelo Ministério - Romanos 15.30-33 (2)

Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO Grupo de Estudo do Centro – Fevereiro a Junho/2013 Liderança: Pr. Hélio O. Silva , Sem. Adair B. Machado e Presb. Abimael A. Lima. --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 21 = Oração Pelo Ministério – Romanos 15.14-33 (2) .          26/06/2013. Um Chamado à Reforma Espiritual – D. A. Carson, ECC, p. 216 a 229. --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 30 Rogo-vos, pois, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e também pelo amor do Espírito, que luteis juntamente comigo nas orações a Deus a meu favor,   31 para que eu me veja livre dos rebeldes que vivem na Judéia, e que este meu serviço em Jerusalém seja bem aceito pelos santos;   32 a fim de que, ao visitar-vos, pela vontade de Deus, chegue à vossa presença com alegria e possa recrear-me convosco.   33 E o Deus da paz seja com todos vós.