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Apocalipse 2.12-17 = Pérgamo: O Perigo da Tolerância Doutrinária



Texto: Apocalipse 2.12-17.
Tema: Pérgamo: O Perigo da Tolerância Doutrinária.
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Introdução:
Qual o problema que a epístola à Igreja de Pérgamo levanta?
• A questão da tolerância religiosa.
Com medo de perder membros para doutrinas de outros cultos concorrentes, estavam sendo tolerantes demais com estas doutrinas. O resultado disso é que não há como fazer mais uma diferença clara entre a igreja evangélica e qualquer outro tipo de religião corrente.
Muitas igrejas querendo demonstrar uma face relevante na sociedade acabaram por sucumbir a uma secularização sem retorno para a pureza do evangelho.
Muitos não crêem mais que Cristo é o único caminho para o céu. E outros se acovardaram constrangidos em face do avanço do pluralismo e do inclusivismo (acolher vários tipos de idéias diferentes) que prega um tipo enganoso de tolerância nas igrejas. Dessa forma, a igreja perde a capacidade de apontar exatamente onde a estrada estreita se afasta da estrada larga.

Contexto:
Pérgamo era a capital da Ásia. Ao compararmos algumas das cidades das sete igrejas da Ásia com a nossa realidade brasileira podemos concluir:
 Éfeso = Rio de Janeiro.
 Esmirna = São Paulo.
 Pérgamo = Brasília – Centro da tolerância e das negociações e negociatas.
A cidade era devota a Zeus e a Atena. Também era devota a Roma. No ano de 29 a.C. construiu um templo “ao divino Augusto e à deusa Roma”.
Era devota também a Esculápio (Asclépio), deus da cura. Uma serpente dourada que simbolizava a saúde (símbolo atual da medicina). Seus sacerdotes curandeiros eram famosos no mundo todo. O culto a Esculápio era uma mistura de medicina, curandeirismo e magia.
Além disso, Pérgamo era também devota à cultura. Sua biblioteca só perdia em tamanho para a de Alexandria. Seu nome era derivado da palavra “pergaminho”, que eram rolos de couro tratados e curtidos especialmente para a escrita.
A grande tentação para a Igreja de Pérgamo é um velho conhecido nosso: O Mundanismo. Mundanismo é quando queremos a fé, mas sem abrir mão dos prazeres da vida.
O mundanismo se manifesta:
 No materialismo – O desejo de ter.
 Na cultura popular – Aquilo que todos aceitam como comum.
 No consumismo – A satisfação de qualquer desejo a qualquer custo.
Ilustração: A moça que era louca por liquidação. Viu uma sandália na liquidação de uma loja e fez de tudo para chegar à loja assim que ela abrisse para comprá-la. Ao chegar lá, a loja estava lotada. Procurando no monte de sandálias em oferta, encontrou apenas um pé. O outro estava na mão de outra compradora. Gastaram muito tempo tentando convencer uma à outra a mudar de opinião. Depois de várias tentativas. Nossa amiga teve uma idéia. Foi ao caixa e pagou a sandália, levando apenas um pé. Foi tomar um lanche na loja logo em frente, e enquanto isso, vigia a outra compradora. Quando a outras chegou ao caixa, pensando que ela havia desistido, perguntou pelo outro pé da sandália. Ao ouvir que já havia sido pago, jogou o pé da sandália na moça do caixa e saiu nervosa. Tranqüilamente a nossa amiga voltou à loja e pediu o outro pé da sandália que ela já havia pago.
 Na falta de convicções doutrinárias sólidas – O último livro que leu dita o seu comportamento cristão.

Proposição:
Gostaria de falar sobre o perigo da tolerância doutrinária e estabelecer princípios de conduta quanto a essa questão.
O que Cristo tem a nos dizer em sua Palavra sobre isso?

I. QUE CRISTO SUSTENTA A SUA PALAVRA V.12:

Ele tem uma espada de dois gumes afiada nas mãos.
Esta espada é diferente daquela espada de Efésios 6.17, que é uma espada pequena, própria para o combate corpo-a-corpo contra o maligno. Mas é a mesma espada de Hebreus 4.12, que penetra profundamente.
João está falando da autoridade das Escrituras na Igreja. Todo aquele que diminuir a autoridade das Escrituras (A Palavra de Deus) na Igreja, desagrada a Deus e terá de enfrentá-lo num duelo doutrinário.
A razão disso é que a Palavra é a regra de fé e prática da Igreja.
1. As Escrituras testificam da vida eterna em Cristo (Jo 5.39).
Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim.
2. As Escrituras trazem a fé ao coração, e à fé o coração (Rm 10.17).
E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.
3. A s Escrituras são lâmpada para os pés e luz para os caminhos (Sl 119.105).
Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos.
4. As Escrituras nos santificam (Jo 17.17).
Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.
5. As Escrituras nos revelam a vontade de Deus (Jo 7.17).
Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo.
6. As Escrituras nos guardam de pecar contra Deus (Sl 119.11).
Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti.

7. As Escrituras nos educam na justiça (II Tm 3.16,17).
Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.
8. As Escrituras são superiores a qualquer manifestação espiritual (I Co 14.36).
Porventura, a palavra de Deus se originou no meio de vós ou veio ela exclusivamente para vós outros? Se alguém se considera profeta ou espiritual, reconheça ser mandamento do Senhor o que vos escrevo.

A Igreja moderna tem pregado um Cristo sem espada, porque as suas lutas não são as lutas de Cristo, mas a sua autoglorificação mundana como solução dos pecados dos outros e não os dos seus próprios.
O púlpito não doutrina mais, pois só quer satisfazer ao que as pessoas querem ouvir, ou seja:
 Que elas são boas.
 Que Deus vai curá-las, salva-las e enriquecê-las aqui mesmo na terra.

II. QUE CRISTO RECONHECE E ELOGIA O ESFORÇO DE QUEM LUTA CONTRA O MUNDANISMO V.13:

a) Ele conhece o lugar onde habitamos – “Trono de Satanás”.
O Centro, o Balneário Meia Ponte, a Cidade Livre (Recanto do Bosque; Jardim dos Ipês, Pq das Flores, Fav. Emílio Povoa ou a Ciclovia) são contextos sociais que não passam desapercebidos aos olhos atentos do nosso pastor.
 Ele sabe de tudo.
 Ele sabe das nossas lutas (vitórias e derrotas).
 Ele nos ama a ponto de se interessar, pois se aproxima para fazer brilhar a nossa luz aqui!!!
Pérgamo era a capital da província, centro da política local e todas as suas manifestações e ocultamentos. Deus conhece os bastidores de tudo e vigia por e sobre o seu povo.
Ilustração:
1. No Governo de Fernando Henrique Cardoso:
 A parabólica que surpreendeu o ministro Ricupero.
 O dossiê das Ilhas Cayman.
 As conversas telefônicas da venda da Telebrás.
 As maracutaias de Antônio Carlos Magalhães (Projeto Sivan) e Jader Barbalho (presidência do Senado), e muito mais.
2. No governo Lula:
 As trapalhadas do José Dirceu.
 Roberto Jéferson, os “mensaleiros” e o dinheiro na cueca.
 O escândalo dos “sanguessugas” e suas ambulâncias.
 A compra de um dossiê que implica o PSDB nas sanguessugas.
Deus sabe da verdade que está por detrás de tudo isso. Então Ele elogia aos fiéis.

b) Conservas o meu Nome.
No meio de tantas opções do mundo, vocês estão aqui!

c) Não negaste a minha fé.
Aponta para um episódio já acontecido (a morte de Antipas). Pérgamo, mesmo envolvida em mundanismo, produziu dentre os seus membros, um grande servo de Deus.
 Testemunha.
 MEU fiel – Pertence de forma de especial a Deus.
Ao ler sobre Antipas, eu me pergunto o que a história vai dizer de nós?
Ilustração:
 Festo Kivengere – Presente da África para a Igreja mundial.
 Russel Shedd – Patrimônio da Igreja Evangélica brasileira.
 David Livinsgton – “Cristo já esteve entre nós”.
 George Muller – “quando ele ora o céu fica em silêncio”.
 Lloyd-Jones – “O pastor evangélico do século XX”.
Quem sou eu e quem é você para Deus? O que vão dizer de nós depois que passarmos o bastão dessa igreja para outra geração?

III. QUE CRISTO PELEJARÁ PESSOALMENTE CONTRA OS INFIÉIS V.14-16:

a) Contra a frouxidão doutrinária da Igreja.
 Doutrina de Balaão. O mundanismo ensinado por Balaão foi a imoralidade sexual (Nm 22.24). Pode ser também a comida sacrificada aos ídolos (I Co 8.10).
 Os Nicolaítas. Alguns acham tratar-se de Nicolau, diácono de Jerusalém (At 6.4), que teria introduzido ensinamentos de licenciosidade na Igreja.
Quando a doutrina se afrouxa, a moral se afrouxa e vice-versa. A Bíblia nos lembra claramente que os impuros não herdarão o reino dos céus.
Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus (I Co 5.9,10).

b) Eles estão infiltrados no meio de nós.
Nenhum ensino falso entra na Igreja como se fosse uma bomba, mas entra sorrateiramente, vestido de linguagem agradável aos ouvidos. O ensino falso sempre é gostoso de ouvir, quando a palavra não habita com riqueza os nossos corações.


c) Eles contaminam a Igreja.
Por causa de um grupo, Cristo se entristece com todos. A tolerância, muitas vezes se torna uma arma de conivência com o pecado. E depois perguntamos cinicamente: _ Por que Deus não nos abençoa? Porque somos tolerantes com o pecado e os erros de interpretação bíblica que os sustentam.

d) Eles terão de enfrentar o próprio Cristo num duelo doutrinário.
“A espada de minha boca”.
As novas heresias são as mesmas do passado, mas apenas com novos nomes.
 Arianismo – Testemunhas de Jeová.
 Judaizantes – Adventistas do 7º dia.
 Montanismo – Neo-pentecostais.
 Gnosticismo – Espiritismo e neo-pentecostalismo.
 Nicolaítas - A Família (Meninos de Deus).

Você vai resistir ao apelo do Senhor? Ou será tolerante e cair na reprovação de Cristo?

Conclusão v.16,17:

1) Arrependa-se, e, se não, venho a ti.
 O arrependimento evita o castigo mais severo.
 O arrependimento é para todos.
 O castigo mais severo é para os envolvidos mais diretamente com a heresia (eles) Veja João 12.47,48.
Se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar, eu não o julgo; porque eu não vim para julgar o mundo, e sim para salvá-lo. Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a própria palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia.

2) A promessa ao vencedor.
a) Comer do Maná escondido.
 Símbolo de Cristo, o pão da vida (Jo 6).

b) Uma pedrinha branca com um novo nome secreto.
 Só quem recebe sabe.
Um caráter novo, uma nova vida e identidade ao lado de Cristo.
Você tem ouvidos, ouça e decida o que fazer...
Quero te dar apenas algumas sugestões.
1. Apegue-se à Escritura e leia com meditação (1.3 – bem aventurados aqueles que lêem).
2. Assuma uma postura mais ativa quanto ao estudo da Bíblia. Redescubra o valor da Escola Dominical.
3. Não seja cúmplice das obras das trevas. Abandone aquilo que Deus não aprova na sua vida.

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