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O Justo Viverá Pela Fé - Hebreus 11


Pastoral: 24/12/2002

O Justo Viverá Pela Fé (Hebreus 11).

Quem já leu a Bíblia toda e quem já assistiu muitos filmes de histórias bíblicas, pode imaginar várias cenas e criar vários quadros da narrativa de Hebreus 11. Porém algumas conclusões são inescapáveis:
Viver pela fé é diferente da pregação moderna da riqueza da fé que enxerga apenas prosperidade e riqueza, lucro e poder, conforto e comodidade (pela fé Moisés deixou essas coisas – v. 24-26), mas nunca enxerga provação, tortura, aflição e fraqueza (v. 17, 34-37). A força da fé não está na visão de um Deus que mais parece o Papai Noel, mas na entrega de tudo de nós no serviço do seu reino e glória, mesmo que a morte vier antes da vitória final (v.13).
Viver pela fé é obter bom testemunho (v.2,4,5,39), não de homens, mas de Deus que não se envergonha daqueles que andam nos seus caminhos pela fé. É para esses que Ele preparou uma cidade (v. 16). E assim todos esses personagens se tornaram numa grande nuvem de testemunhas ao nosso redor, apontando o caminho na direção em que seus olhares sempre olharam, na direção da concretização da promessa (12. 1-4), que poderão alcançar somente junto conosco, não antes, tampouco depois (v.40). Bom testemunho é, portanto, a aprovação de Deus e não dos homens.
Logo, viver pela fé é ter os olhos e objetivos fitos na promessa (v.9,11,13,17,33,39) e não no usufruto dos prazeres transitórios do pecado (v. 25), que nada mais são do que o status de ser chamados de filhos da filha de Faraó e usufruir livremente dos tesouros do Egito (v. 24,26). Coisas que não precisam ser necessariamente pecado, mas que se tornam um peso que não nos deixam correr livremente a carreira que nos está proposta (12.1). Quem vive pela fé aprendeu a colocar essas coisas na rabeira de sua vida e não na linha do horizonte de seu olhar. A maior riqueza da fé é trocar os tesouros do Egito pelos opróbrios de Cristo (v.26)
Viver pela fé é ter a convicção da parcialidade da vida em detrimento da plenitude da promessa. Aqui somos peregrinos e estrangeiros (v.9,13,16,38). A nossa pátria é a celestial, a cidade que tem fundamentos, edificada por Deus (v.10,16). Enquanto não concluirmos como eles que nessa vida não está o galardão, não aprenderemos a caminhar pela fé, mas apenas pelo que vêem os nossos olhos (v.6,26). Pois do futuro, a única certeza que temos é que Cristo vem, e para lá caminhamos. Consideremos bem isso, para que não desmaiemos e nos fatiguemos em nossas almas (12.3).
Com amor, Rev. Hélio.

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